quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Cheias...



Moçambique / Brasil
Fonte das fotos: PÚBLICO.PT (Moçambique) e Portal MAratimba (Brasil)



Ao ler notícias sobre as cheias em Moçambique, pensei em fazer um paralelo da tragédia moçambicana com a que se vem passando no Brasil, em especial no estado de São Paulo.
Acabei por deletar o texto quando tinha ainda poucas linhas por já me mostrar que não há como se fazer paralelos de tragédias, ou porque temos situações sociais diferentes, embora em planos terceiros “mundistas”, ou porque temos condições geográficas diferentes nas regiões mais atingidas ...
O que pude perceber é que se levanta em Moçambique a possibilidade das cheias que por lá chegam ainda não estarem no seu pico e que podem mesmo virem a ter níveis piores do que as que aconteceram em 2000 / 2001. Coloca-se mesmo a possibilidade que os níveis das cheias venham aumentando nos últimos anos, mas não se sabe ainda dizer se é uma tendência ou um ciclo.
Casualmente, ou não, as chuvas que se precipitam na região do Estado de São Paulo estão acima da média dos últimos 15 e 40 anos, dependendo das micro regiões atingidas. Também é por aqui período de chuvas e de enchentes, termo mais usado por terras brasileiras, mas o volume de água que tem caído estes dias é muito grande.
Se é o “El Nina”, se é o planeta que está ficando quadrado, ... que é difícil de brigar com e prever a natureza, é...mas sabendo que existem alguns ciclos a serem repetidos, com mais ou menos intensidade, haveriam os governos envolvidos estar mais comprometidos com programas preventivos, em especial quando temos inúmera população em regiões hidrográficas e geograficamente localizadas que as deixam mais prepostos a este tipo de tragédia.

5 comentários:

Anônimo disse...

Moçambique e toda quela região africana vem sofrendo com as cheias quase todos os anos. Mesmo que nem sempre de forma tão catastrófica, o ciclo é mesmo anual. Como naquela terra maravilhosa desaguam tão longos e em alguns pontos largos rios que envolvem vários países, o controlo hidrográfico dos mesmos só pode ser feito com acordos e projetos bi ou tri-nacionais. Infelizmente em Africa, tal como nos tempos coloniais , os poucos projetos de infra-estrutura que são efetuados atingem em primeiro lugar as populações das cidades onde vive o poder local. A plebe indefesa...que aprenda a nadar! Cómico não é, pois o trágico já estã garantido.

Antonio Maria

JAIME disse...

Zé Paulo,
E eu acrescento o que coloquei no ForEver PEMBA a respeito do teu oportuno post, que tais tragédias têm muito a ver com o descaso e atrevimento do ser humano para com a natureza: lixo, poluição, desmatamento irresponsável, emissão de gases, falta de educação ecológica e cívica, caça e pesca ilegal e cruel, natalidade descontrolada gerando excesso de população, migração exagerada, etç., etç., além da ganância irresponsável de países e lideres políticos que, visando lucro financeiro e político/eleitoral, alteram o curso da natureza, desprezam o controle da poluição e permitem a invasão e destruição de santuários ecológios e não só.
É ! Belo legado oferecemos ou deixamos para nossos filhos e netos !!!

Zé Paulo Gouvêa Lemos disse...

É! Política! Política, sem responsabilidade! Seja ela direcionada na conscientização do povo, na cobrança desse mesmo povo, na execução de projetos sérios para proteger a população e a natureza...e se depende então do envolvimento de mais de uma frente política (países) há que clmar por milagres!!!

Raimundo Narciso disse...

Descobri a Lanterna Acesa através do Água Lisa do meu amigo João Tunes. Tenho sempre especial curiosidade pelo que se diz e pensa no Brasil, mesmo que nem sempre se trate de brasileiros. Felicidades.

Zé Paulo Gouvêa Lemos disse...

Prezado Raimundo Narciso,
É bom receber ilustre visita a "puxar palavra" aqui pela Lanterna.
Ser amigo do João Tunes já mostra uma virtude da sua parte, e muito provalvelmente também da parte dele de o ser seu também.
Estive a dar uma olhada no vosso "Puxa Palavra" e tive ótima impressão do mesmo. O farei com mais calma.
Os meus cumprimentos e obrigado pela visita.