domingo, 27 de janeiro de 2008

Meu nome não é Johnny

Ontem foi o dia de ir ver um filme nacional, com dois dos maiores atores brasileiros das últimas gerações, que são o Selton Mello e a Cleo Pires. Ele dá um show neste filme. Quem viveu as décadas de setenta , oitenta e até noventa, mesmo que não continuamente, no Rio de Janeiro, ao assistir o filme acaba por encontrar nas personagens, principais ou secundárias, alguém que um dia conheceu. Não por acaso o filme é rodado em cima de relatos de alguém que os viveu.
Meu nome não é Johny tem a realidade da classe média envolvida com o tráfego de drogas no asfalto, fora dos morros (favelas) cariocas.
O filme tem a realidade de quem vê a droga a partir da parte baixa da cidade, mas na parte média alta da piramide social, nas baladas, até que um dia cai no mesmo buraco de um traficante comum, peixe pequeno na malha, que além de vender se faz usuário. Vende para manter o seu vício, mas também vende para manter o ritmo da balada, da festa.
O pior de tudo é sair do filme se sentindo um tanto reacionário por se torcer que o João Estrela, que não é Johnny, mas é do asfalto, pegue uma pena pequena quando cai nas garras da justiça...justiça, é,... que para alguns tem um peso e para outros um pouco mais...
Mas até por nos deixar em estado de reflexão, vale a pena ver este que para mim é uma das melhores produções brasileiras.


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