segunda-feira, 31 de março de 2008

Encontro histórico...

Este desenho animado histórico da Walt Disney, de algumas dezenas de anos atrás, me consegue vender a fantasia que o Brasil é naturalmente alegre e lindo. Na verdade não é uma fantasia. O Brasil é naturalmente alegre e lindo. Os homens, no qual estão incluídos uma parte de brasileiros, é que estragam a "Aquarela Brasileira" o quanto podem.

Ainda assim, é este um belo de um país, com um belo de um povo, que como tal e como Estado recebeu a minha família e muitas mais, vindas das ex-colônias portuguesas na década de 70, de braços abertos, sem nos fazerem muitas perguntas, abrindo-nos, às crianças e adolescentes, as portas das escolas públicas como brasileiros fossemos, o mercado de trabalho aberto para adultos, com a disputa que os brasileiros também encontravam.

Para completar, encontrei neste país uma outra grande nação, a nação Rubro-Negra, o Flamengo do meu coração, o time de futebol que tem a maior torcida do planeta. :)

domingo, 30 de março de 2008

Fala o roto ao nú...ou o nú ao roto...

As imagens não são indicadas para pessoas mais sensíveis e muito menos para menores de 16 anos.

Coloco este vídeo aqui tão somente com o propósito de completar o post, além de defender a liberdade de expresão, mesmo que não concorde em absoluto com o que o autor do video buscou vincular com a inversão de valores.


Um deputado holandês de extrema direita divulga pela internet um filme de aproximadamente 10 minutos dentro de uma campanha onde, entre outras coisas, classifica o “Corão” de fascista e de incentivar a violência. Compara-o ao livro "Mein Kampf", do líder nazista Adolf Hitler, e propõe que se proíba o livro sagrado.
As reações, como esperado, já vieram a correr. Algumas, antecipadamente:

1- Ainda em Fevereiro, quando o deputado tentava negociar os direitos de divulgação do curta-metragem por alguma estação de televisão do seu país, os talibãs ameaçaram os aproximadamente 1.600 soldados holandeses que se encontram, em nome da ONU, em solo Afeganistão se o filme viesse a ser divulgado.
2- Os governos do Irã e do Egito reagiram e ameaçam boicote econômico à Holanda, como se tivesse sido a atitude do deputado uma posição oficial do Estado da Holanda.
3- Várias Associações muçulmanas holandesas apelam aos seus fiéis para se manterem calmos e não reagirem às provocações.
4- Uma acção cautelar, apresentada por uma Associação muçulmana holandesa, deverá ser julgada esta semana por um tribunal da Holanda.

Destas quatro reações, quais delas serão mais divulgadas pela mídia mundial, inclusive a ocidental? A 1, 2, 3 ou a 4? Aposto que as “1” e “2”, pois as menos conflituosas e de mais bom senso (“3” e “4”), ainda mais vindo de grupos muçulmanos, alimentam negativamente a política de se invadir o planeta com o terror da contra-informação do Bush e dos seus aliados, e a quem os seus inimigos até agora vêm agradecendo pois muito vem usando a seu favor.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Mau gosto, incapacidade de interpretação ou falta de sensibilidade?


Fonte da Imagem: Site Peabirus


Um Tio, muito querido, ao escrever as suas memórias homenageia o seu irmão com um capítulo.
A sua homengem retrata uma parte da vida do irmão, o jornalista Gouveia Lemos. Começa em uma passagem importante da sua vida profissional e pessoal, quando da fundação do jornal "A Tribuna", passando pelo "Notícias da Beira", mostrando o caracter do homem que foi GL, até à sua retirada de Moçambique quando veio a falecer no Brasil em 1972.
O relato forte de um irmão saudoso e orgulhoso, é sobretudo em cima de VIDA de um homem que acreditava na verdade.
Este texto, escrito pelo Tio Vitor G. Lemos foi reproduzido pelo "Jornal Savana" em fevereiro deste ano, com um tom um tanto político, no sentido de "bater" na forma como a Frelimo tentou sempre, na visão deste jornal, e de muitos, esconder um jornalismo de qualidade e de militancia anti-colonial no tempo colonial. Depois o artigo e o texto foram transcritos por alguns blogs luso-moçambicanos.
No entanto, o Zé Maria Mesquitela no seu espaço reproduz também o artigo, com uma chamada de mau gosto, sensacionalista e com toda a certeza mostrando pouca sensibilidade para interpretar a mensagem de quem escreveu o artigo, e em especial, de quem homenageou Gouveia Lemos.

A chamada do Zé Maria Mesquitela, ou para melhor entenderem, o link que colocou para a reprodução do artigo no seu AVM, foi: "1972 - A morte do Jornalista Gouveia Lemos"


Adenda: Lugares que prazerosamente já havia visto transcrito o texto do Tio Vitor, além, é claro, do texto que antecipadamente me foi enviado pelo próprio, e da edição do "Savana" na época:


quarta-feira, 26 de março de 2008

Cartilha


"Deixe suas mãos visíveis e não faça nenhum movimento brusco..."


"Não discuta com o (!) nem toque nele..."

Em um país com os níveis de violência que o Brasil enfrenta, as frases acima caberiam bem em uma cartilha para orientar a população como se comportar quando se defrontar com um assaltante.
Não é bem o caso. A Secretaria Especial de Direitos Humanos, órgão da Presidêndia do Brasil, lançou uma campanha denominada “A Polícia me parou. E agora?”, onde um milhão de folhetos já começaram a ser distribuídos, em molde de cartilha com frases como as citadas acima, para orientar a população, em especial os jovens, como se comportar quando receber uma abordagem policial.
Tem algo muito errado cá no sítio, pois isto é muito pela truculência policial mal preparada.
Há que assumir, mas espero que mais folhetos para treinar os policiais sejam feitos, e que melhores condições de trabalho lhes sejam dadas para que possam trabalhar em situações emocionais mais adequadas.

terça-feira, 25 de março de 2008

'Faça o que quiser, mas faça com camisinha'



No início do ano comentei a hipócrita postura da Associação de Profissionais por uma Publicidade Responsável, na França, por esta ter “censurado” um cartaz de uma campanha contra a AIDS (SIDA) naquele país, onde apareciam dois homens sem roupa, em uma cama.
Hoje é dia de aplaudir o Ministério da Saúde do Brasil pela coragem de enfrentar, sem preconceitos e sem melindres, a preocupação com o aumento de contagiados com a “maldita” e outras doenças sexualmente transmissíveis entre gays e travestis.
Com uma campanha com o slogan 'Faça o que quiser, mas faça com camisinha', com material como o cartaz adesivo aqui reproduzido, e folhetos a serem distribuídos em bares, boates e festas onde o público alvo tenha presença, o Ministério da Saúde demonstra que para enfrentar problemas graves há que começar por atacar o primeiro deles, o mix do preconceito com a hipocrisia.

Passou, mas ficou registrado...


Hoje, 25/03/08, faz um ano que uso a "Lanterna Acesa" para comentar sobre os mais variados temas, e nunca, que me lembre, relacionados ao meu dia a dia profissional. Eventualmente, como em um diário, falo de acontecimentos do meio familiar.
Não tenho no bloguismo a exposição ou defesa de teses profissionais, muito menos expectativas visionárias de crônicas jornalísticas ou similares.
O Lanterna Acesa, como o antecessor “Sem Técnica”, é o meu jeito de conversar comigo, de pensar alto, de reagir em público sobre algo, e eventualmente de interagir com alguns dos visitantes.
Nunca busquei ter objetivos, como o de escrever um post por dia, definir temas, atingir “x”, “y” número de visitantes, muito menos de agregar ganhos com propaganda vinculada ao provedor hospedeiro. Não que ache que quem faça o inverso esteja errado, de forma alguma. Apenas, além da falta do domínio na matéria, o bloguismo não tem esse enfoque no meu dia a dia.
Há períodos que estou mais ativo, possivelmente por ter mais tempo disponível extra-blogue, ou simplesmente porque em certos dias estou mais feliz, e em outros menos feliz por motivos específicos.
O que o Lanterna Acesa não me faz é ser motivo de stress por vir a ser um compromisso. Não, não tenho compromisso algum com a Lanterna, nem em colocar querosene ou mesmo trocar o pavio em dia certo. É quando me apetece e se de alguma forma me fizer bem.
E para me fazer bem, parto do principio de ser verdadeiro comigo, para poder ser transparente com os visitantes. Assim me comporto no "Lanterna", assim já era no "Sem Técnica", como me comporto quando deixo um comentário mais ou menos simpático em blogues de conhecidos ou amigos.
Toda esta conversa para assumir que gosto da idéia de perceber que já faz um ano (25/03/2007) de “Lanterna Acesa”, depois de 2 anos de “Sem Técnica” (10/12/2004) bem curtidos.

sábado, 22 de março de 2008

Visão de um brasileiro da obra de José Capela



Um dia destes a I.O. comentou e transcreveu no seu ainda Chuinga uma crónica do Mario Crespo feita no JN, onde falava ele que não ficaria mal um pedido de desculpas por parte do Estado de Portugal em relação ao formato de colonização sobre África.
Esta semana, fazendo uma pesquisa sobre literatura colonial, acabei por encontrar uma crítica feita por um brasileiro, em 2003, ao livro de José Capela, "O tráfico de escravos nos portos de Moçambique, 1733-1904", editado pela Afrontamento, Porto, em 2002.
Se a abordagem do Mário Crespo possa ter arrepiado alguns leitores, a interpretação do crítico brasileiro da obra do José Capela deverá fazer refletir ainda mais.
Transcrevo abaixo, com a devida vênia, a dita crítica.

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Fonte: Ladislau Dowbor

O tráfico de escravos nos portos de Moçambique
1733-1904

José Capela / Afrontamento Porto 2002


Comentário por Ladislau Dowbor - 09/11/2003

José Capela é pesquisador do Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto. Trabalhou longos anos em Moçambique, e nos traz agora uma pesquisa extremamente minuciosa, com levantamento de todos os velhos arquivos portuários em diferentes regiões, exame de manuscritos, além da leitura detalhada dos autores mais significativos. É preciso ler o seu livro para sentir a riqueza do aporte científico que representa.

De forma geral, e com a notável exceção do trabalho de fundo que constitui a História Geral da África coordenada por Ki-Zerbo e publicada pela Unesco (no Brasil, com a editora Ática), os trabalhos tendem a se satisfazer com uma visão ampla e com a denúncia das violências, mas não atingem a profundidade do levantamento que José Capela realiza.

É interessante, para um brasileiro não especializado, ler um trabalho sobre o tráfico de escravos em Moçambique? O livro foi me cair nas mãos em Maputo - presente do amigo Afonso - numa viagem na comitiva do Presidente Lula à África Austral. O Presidente, nas reuniões com os vários chefes de governo da região, enfatizava quanto o desenvolvimento do Brasil moderno se nutriu da tragédia africana. Entre um discurso e outro, eu lia a história da tragédia.

Analisando as partidas de escravos, de navio em navio, José Capela reconstitui o processo. Inicialmente, generalizou-se a caça aos elefantes, para comercializar o marfim. Carregar o marfim, em grandes quantidades, para a costa, por vezes em viagens de vários meses, exigia um grande número de carregadores, que seriam vendidos junto com o marfim. Gradualmente, o tráfico de escravos supera o valor do marfim, e generaliza-se a caça ao ser humano, para equipar, entre outros, as nossas fazendas no Brasil. Em Moçambique, a crescente falta de mão de obra e a desorganização da agricultura generalizam a fome, obrigando uns a se venderem, outros a caçarem os que não se querem vender. Nos portos, ninguém produz nada, pois tudo se paga com escravos. O pouco que existia de atividades produtivas (tecidos, metais) é substituido por importações, já que os navios traziam os produtos da Europa para trocar por escravos, inundando o mercado local.

Inicia-se assim um caos generalizado. E como os negreiros, com suas grandes fortunas, não pensam em ficar ou investir no país, mas apenas em enriquecer rapidamete e emigrar, a descapitalização se generaliza. Nas fases avançadas, no século 19º, a confusão é total: todos roubam de todos, uns caçam aos outros. Levantando os dados do tráfico navio por navio, Capela mostra como ele ainda continua intenso na segunda metade do século, entrando no século XX, até 1905. Em 1905 meu pai já era nacido. Estamos falando, em termos históricos, da modernidade.

De forma geral, quando pensamos na escravidão, pensamos em tempos antigos, em caravelas. Os levantamentos de Capela mostram o tráfico ativo até 1905, apoiado em navios já modernos, com encomendas por telégrafo. A forma como o tráfico se organiza não deixa dúvida quanto ao caráter capitalista do processo: tratava-se de uma commodity, gerou imensas fortunas, e os negreiros ricos, com a ocupação de Portugal pela França, e depois a nossa independência, viriam ao Brasil gozar as suas fortunas, e constituiriam boa parte da espinha dorsal da nossa hoje classe dirigente. Jorge Caldeira mostrou, no seu Mauá, empresário do Império, como estes negreiros controlariam o Banco do Brasil. Tem longas raízes a nossa cultura que preza quem vive do trabalho alheio.

A história é um poço contínuo de ensinamentos. O ser humano, apesar de toda a teoria da evolução, não tem evoluido muito. Visitamos em Maputo um hospital, e vimos a tragédia da Aids. Foi nos relatado como se conseguiu flexibilizar patentes sobre 8 dos 16 medicamentos que constituem o “coquetel” indispensável para salvar os doentes. Estão morrendo milhões. Discute-se as taxas de lucro das empresas transnacionais. Capela mostra negreiros discutindo se vale mais a pena colocar menos negros num navio, para que morram menos, ou colocar mais negros, o que na média terminaria por rentabilizar a viagem, ainda que morressem mais. Na média, trabalhavam com o objetivo de manter os mortos na faixa dos 25%.

Não há dúvida que o formidável caos político e econômico instalado hoje no continente africano está diretamente ligado não só à extração da mão de obra, mas à desarticulação de todo o processo produtivo, e de todo o tecido social, que a generalização do tráfico como atividade econômica gerou.

Quando judeus clamam por indenizações pelos massacres sofridos durante a II Guerra Mundial – e as obtêm – parece-nos natural. Mas o massacre de um continente parece-nos fazer parte das brumas do passado. Não é. O livro de Capela documenta de maneira extremamente precisa a modernidade da escravidão. Os mais cínicos jogam tranquilamente a culpa dos dramas no que se qualificou irresponsavelmente de “tribalismo”. Não é. Trata-se de dinâmicas poderosas geradas por um sistema selvagem de luta por vantagens a qualquer preço. Hoje grandes empresas européias compram rins (de pessoas vivas, extraídos por cirurgia) a 800 dólares, em paises pobres, para revender a 5 mil dólares em países desenvolvidos. Os Estados Unidos, nos últimos 10 anos, multiplicaram por quatro a exportação de armas para a África. Querem instalar uma base militar em São Tomé e Príncipe, para proteger as suas fontes de petróleo no Golfo. A tentativa de golpe de estado data de 2003. São apenas negócios. A escravidão também era. Na época, também se instalavam os fortes.

Ia esquecendo: leiam, vale a pena.

Adenda: Não esquecer que a I.O. agora estacionou aqui.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Contradições


É interessante acompanhar as reações no ambiente da “blogosfera”, termo que demonstra um sentimento um tanto narcisista, ou classista para alguns, mas que é o que me dá na telha usar para este momento.
De qualquer forma falo de pessoas que têm acesso a uma ferramenta, seja por uma ação profissional ou amadora, para escrever e/ou opinar sobre os mais variados temas.
Encontramos alguns blogues mais especialistas, outros mais generalistas, uns mais políticos, outros menos políticos (isso se há como ser cidadão do mundo sem que se tenha um carga política na sua personalidade, nem que seja para comentar sobre os ventos).
Mas o que me intriga ultimamente é a reação de autores de alguns blogues, que os classifico de conteúdo generalista, com abordagens eventuais em temas políticos, que questionam protestos pontuais de bloguistas sobre e/ou contra as tragédias das ditaduras sobre os homens, como as que assistimos em Serra Leoa, Birmânia e ultimamente o retorno dos protestos no Tibete.
Uns, às vezes, não acreditam que estas posições pessoais dos bloguistas resolvam alguma coisa, como se a responsabilidade social dos bloguistas fosse o de resolver e não o de comentar e opinar sobre o que lhes bem apetecer - neste caso nem como obrigação -, com a responsabilidade (conceito um tanto subjetivo) que o mundo pode nos cobrar. Dizem estes partidários que o que se deve fazer é enviar formalmente correspondências destes protestos para órgãos que tenham a competência de interagir no meio diplomático para que os protestos tenham o peso devido. São os partidários dos baixos assinados, nem que seja para a criação de salas para fumantes nos aeroportos em terras lusas. No entanto, encontramos, alguns destes mesmos partidários de baixos assinados a serem enviados para os destinatários “corretos”, a questionarem o silêncio dos anti-colonistas no bloguismo moçambicano em relação aos protestos no Tibete contra ao governo chinês, antigo parceiro na luta pela independência daquele país e atual parceiro comercial (mau parceiro comercial, penso eu).
Mas também encontramos o bloguista que se preocupa com os comentaristas de sofá, que não estarão preocupados com as pessoas que estão a morrer e ainda morrerão nos protestos no Tibete. Este acredita que nós deveríamos era ficar quietos, por respeito aos que ainda vão morrer em conseqüência dos protestos. Contradizendo-se ao seu ponto de vista, não conseguiu ficar quieto pois precisou registrar este seu ponto de vista sobre o tema e acabou por alimentar um pequeno debate sobre o mesmo.
Ou seja, na verdade é sabido que quando não se quer alimentar um tema, é não se falar nele. O resto, é contradizer-se ou uma estratégia para alimentar o debate sobre um tema, bom ou mau.

terça-feira, 18 de março de 2008

Aniversário do Blog Cacilda



Parabéns ao Blog Cacilda pelo seu primeiro aniversário que marca um ano de belos retratos e crónicas do teatro brasileiro.
A qualidade da fotografia ali encontrada está no alto nível da qualidade dos atores que o teatro brasileiro sempre produziu.


segunda-feira, 17 de março de 2008

Nova estrada...


Não por respeito ao princípio da reciprocidade nas hiperligações, que é algo que não respeito, mas sim pelo conjunto do que lá andei a ler ontem e hoje, passa a fazer parte da minha leitura um novo título, O País do Burro.

Ainda que não respeite a tal da reciprocidade, educou-me a minha mãezinha a agradecer as amabilidades a mim direcionadas, e por isso aproveito o momento também para agradecer a referência que lá fazem ao Lanterna Acesa nos seus links "Últimas Entradas".

domingo, 16 de março de 2008

Tibete


Como sempre o Água Lisa marcando as tragédias das ditaduras sobre os homens. Haverão os que questionarão se o João já enviou uma carta para os governantes chineses ou até portugueses, pois acreditam que actos como estes, de aqui nos blogues se colocar o seu manifesto em nada mudará o mundo.
Como eu também acredito nos posicionamentos pessoais, em especial de gente como o João Tunes, vou-lhe roubar a Bandeira do Tibete para a deixar aqui no lado esquerdo da Lanterna.

sábado, 15 de março de 2008

Atleta na família?

O Filipe, fazem um pouco mais de duas semanas que foi à academia com a Sofia, onde iria ver a irmã fazer aparelhos como bicicleta e musculação leve. Acabou por perceber que estavam dando uma aula de Taekwondo, espiou, e um dos instrutores acabou-o por convidar para participar da aula fazendo-o esquecer o objetivo inicial da ida até a academia.
Chegou a casa feliz com a novidade e com o apoio da irmã para avaliar o quanto apoiaríamos que ele passasse a freqüentar o Taekwondo, e claro, se o patrocinaríamos.
Não teve muitas dificuldades, afinal tanto eu como a mãe somos fãs dos conceitos das artes marciais e conhecemos o Filipe para sabermos como ele poderá conviver pró - positivamente com eles. Sabemos também como o esporte, nos seus 11 anos de idade, não só em momentos de brincadeira, mas também com disciplina e com o controle de pessoas que conhecem o assunto, lhe farão bem ao organismo e à mente.
Visitei a academia, conheci o ambiente, o seu mestre, a forma como os seus novos companheiros, uns mais novos, outros mais velhos, se relacionam, e se tinha dúvidas para dar o primeiro passo para apoiá-lo, ali ficaram.
Hoje fez exactamente duas semanas que o Filipe começou a treinar e já aceitou o desafio de participar do seu primeiro torneio, interno das academias afins, e participou na categoria “performance” para a sua faixa de idade, onde não existe luta e sim a demonstração de golpes de ataque e defesa. Conquistou, no desempate, a segunda colocação e saiu orgulhoso com a sua medalha.
O meu orgulho foi maior ao perceber ele ter aceitado o desafio, sem inibição e com tão pouco tempo de envolvimento e treinamento, de enfrentar um torneio assim, de cara. Creio que eu e a mãe não tomamos a decisão errada e as pessoas que estão com ele sabem bem trabalhar a motivação nata do Filipe.

Diplomacia "chaveriana"... de chaveiro...



Chávez chama Uribe para selar a paz após crise diplomática


Presidentes conversam pela primeira vez desde o afastamento do líder venezuelano da negociação com as Farc


REUTERS (Fonte: Estadão)


BOGOTÁ - Os presidentes da Colômbia, Álvaro Uribe, e da Venezuela, Hugo Chávez, conversaram por telefone na quinta-feira, 14, num esforço para restabelecer a confiança após a superação da crise diplomática entre os dois países que durou mais de três meses, informou a Presidência colombiana. Trata-se da primeira comunicação telefônica entre os dois presidentes desde o início das tensões diplomáticas em novembro, deflagradas pela decisão de Uribe de cancelar a mediação de Chávez junto às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para tentar a libertação de reféns mantidos pelos rebeldes. "Foi realizada uma conversação telefônica entre os presidentes da República Bolivariana da Venezuela e da República da Colômbia, após uma ligação do presidente Hugo Chávez ao presidente Alvaro Uribe", disse um comunicado do governo colombiano. "Nessa conversa foi reiterada toda a vontade de restabelecer as melhores relações entre os governos e a confiança entre os governantes", acrescentou. Durante a crise diplomática, Chávez acusou o presidente colombiano de mentiroso, mafioso, paramilitar e de ser um boneco dos Estados Unidos. Embora Uribe tenha inicialmente respondido acusando Chávez de legitimar o terrorismo das Farc e de liderar um projeto expansionista, ele depois se manteve em silêncio mediante os repetidos ataques do colega venezuelano. A crise ganhou força depois que forças militares colombianas bombardearam uma região de selva no Equador sem autorização de Quito, num ataque em que o segundo na hierarquia das Farc Raúl Reyes foi morto. O Equador classificou a ação de massacre e a considerou uma violação da soberania do país. O presidente equatoriano, Rafael Correa, rompeu relações diplomáticas com a Colômbia. Em sinal de apoio ao colega equatoriano, Chávez ordenou um reforço militar na fronteira com a Colômbia. Mas a crise, durante a qual Uribe acusou Chávez e Correa de ter relações e de apoiar as Farc, foi superada durante reunião do Grupo do Rio, realizada na República Dominicana, onde os três presidentes fizeram as pazes. "Os dois presidentes renovaram o compromisso de confiança e colaboração mútua para que tanto a Colômbia quanto a Venezuela não sejam vítimas de grupos violentos, qualquer que seja sua origem", disse o comunicado do governo de Bogotá, em referência à conversa telefônica entre os dois líderes.

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Este chaveiro das Farc, o Hugo Chávez, está mesmo com o rabo entre as pernas para fazer a tal ligação de "peace and love" ao Uribe.


As suas reações nos últimos episódios da diplomacia latino-americana foram de tal forma tão coerentes com a sua falta de coerência, com a sua defesa das Farc antes mesmo da defesa das fronteiras dos seus países vizinhos, que inclusive as próprias Farc não vêem respeitando fazem tempo e parece que isso ao Hugo não lhe aquece os miolos, que agora não tem mesmo outra alternativa, mesmo que temporária, que não seja a de colocar o rabinho entre as pernas e fazer o papel do menino bonzinho, amigo até do amigo do seu inimigo.

terça-feira, 4 de março de 2008

Brincando com coisas sérias...

Ingrid Betancourt
Em São Paulo

A tensão entre Colômbia, Venezuela e Equador se instala. Depois do ataque da Colômbia às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) em território equatoriano, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ordenou o fechamento da fronteira de seu país com a Colômbia. Na avaliação da cientista política Lucia Hippolito, colunista do UOL, a situação está "muito difícil". "Os lados estão todos muito acalorados, tensos. É preciso baixar um pouco essa poeira para vermos se há algum tipo de solução", disse.
Lucia observa que essa crise pegou os países envolvidos em momentos políticos diferentes. "Todos os envolvidos têm alguma coisa a ganhar com a crise, ou pelo menos acham que têm. O único que não tem nada a ganhar - pelo contrário, só tem a perder- é o Brasil", disse.Para ela, a invasão foi um cálculo político que o presidente colombiano Álvaro Uribe fez pensando no que poderia ganhar em popularidade. "Do ponto de vista interno, Álvaro Uribe e seus estrategistas entenderam que os riscos valiam a pena para colher um fruto importante, que é o consenso dentro da Colômbia para que ele faça a reforma constitucional", disse.Chávez também viu no conflito a chance de recuperar a "popularidade perdida", na opinião de Lucia. "Nada como um inimigo externo para dar aquela coesão patriótica dentro do país", disse. Já ao Brasil, onde há muitas décadas não há "um momento de tanta calma econômica e social", aponta Lucia, torce contra o conflito. "Tudo o que o Brasil não precisa é de uma turbulência nos países vizinhos. Não há nada mais inconivente para o Brasil agora do essa escalada de tensão no continente."Na avaliação da comentarista, a posição do Brasil nesses conflitos tem de ser muito firme. "É preciso chamar a atenção da Venezuela e do Equador para o apoio que esses países estão dando às Farc", disse.

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O negrito (bold) colocado por mim no último parágrafo é algo que creio que todos os brasileiros, e não só, de bom senso devem esperar dos representantes deste país. Inaceitável que o Hugo Chávez passe como sendo o grande comandante das FARC, com o apoio do Correa do Equador. Posturas como destes senhores, alimentam atos de "Uribes", com ou sem apoios de Tios Sans, de invadir o território de vizinhos com a justificativa de defender o seu povo das atrocidades de um grupo terrorista que não consegue entrar em sintonia com os vários governos que a Colõmbia já teve nos últimos 40 anos de existência aproximada das FARC.