terça-feira, 29 de abril de 2008

Dia do...



Nascimento de Dorival Caymmi - Compositor (1914)





segunda-feira, 28 de abril de 2008

Campanhas de Moçambique em 1895

Clique sobre a figura para a ver em tamanho maior.

Ao terminar de ler a coletânea de cartas entre alguns dos representantes do processo colonialista, em Moçambique, no ano de 1895, registrados no livro "As Campanhas de Moçambique em 1895 - Segundo os Contemporâneos", com Prefácio e Notas do então ainda não ditador Prof. Dr. Marcelo Caetano, em 1947, fico com vontade de correr por algumas dezenas de temas. Mas ficarei apenas, e rápidamente, em três.

O primeiro, bastante na moda, é o exemplo vivo de que a língua é viva, pois se todas as cartas transcritas nas 400 páginas do mesmo, algumas mais formais, outras nem tanto, são claramente entendíveis, mas criaram algumas risadas ao meu filho de 11 anos quando lhe mostrei como eram escritas algumas palavras em português no Séc. XIX, português inclusive que tem o mesmo na sua grade escolar como matéria, e não o brasileiro, língua não existente, como é sabido. Sim, também tem na grade escolar a língua inglesa, mas não sei lhes dizer se os livros são didáticamente revisados por britânicos ou americanos.

Ainda assim não tive coragem de levantar com o miúdo, gúri, puto, piá, o tema "Acordo Ortográfico". Tive receio que o mesmo não viesse a entender que houvesse mais de uma forma de se escrever a mesma palavra na mesma língua e que existam pessoas que acham que ainda assim está tudo certo. Como explicar para ele que não é uma questão de termonologias ou de sotaques. É mesmo quase que fazer-lo acreditar que seria certo acharmos que para alguns povos lusófonos fosse ainda coerente se escrever farmácia com "ph" porque era assim que Camões escrevia.

Outro tema que acaba vindo à mente ao ler esta coletânea, é o ter registros que não foram os fundadores da Frelimo os primeiros, que de forma organizada, bateram de frente com as estruturas colonialistas portuguesas.
Não que seja esta uma novidade para ninguém. Mas que é interessante, senão importante, ler relatos reais que nos mostram que a luta armada contra o colonialismo em Moçambique não começou, como se gosta de apregoar, na década de 60, com a Guerra Fria, e somente por causa do apoio dos malditos comunistas que só vieram ao mundo para lixar com os portugueses e comer criancinhas.
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Outra questão muito interessante, é o que está registrado em uma das cartas de Aires Ornelas, talvez um dos mais ardentes defensores da luta armada contra os revoltosos liderados pelo Gungunhana, à sua mãe, onde conta, admirado, o que viu da organização e disciplina dos africanos. Dizia ele na sua carta em 14 de Agosto de 1895:
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"(...) espectáculo que presenciei nesse dia, espectáculo que bem poucos europeus têm visto e com certeza o mais extraordinário a que tenho assistido.
Pelas 9 horas da manhã, do mato que fecha...
(...)Lentamente se foi ela se aproximando de nós; pouco a pouco iam-se percebendo e distiguindo os vultos quando se partiu em 6 colunas, 2 delas muito profundas, ladeadas, cada uma, por duas mais pequenas. Eram as duas mangas de guerra dos Impafumane (homens altos) e Zinhome M'Choque (pássaros brancos), dividida cada uma em três troços (mabange) na força de perto de 3000 homens cada uma, ostentando toda a gala e a riqueza selvagem do magnífico traje de guerra vátua. Vinham armados só de cacetes, prova das suas intenções pacíficas, e, e toda essa imensa massa avançava para nós cercando a Residência sem ruído sequer, manobrnado com uma precisão e regularidade que fariam inveja a europeus. (...)
(...) Entre estes vinha o Gungunhana que conheci logo, apesar de nunca lhe ter visto retrato algum; era evidentemente o Chefe duma grande raça. Desse grupo adiantou-se um dos principais orando por bastante tempo, dando-nos as boas vindas em nome do régulo e da sua nação e terminando pela saudação vátua: bahete! que repetida pelas milhares de bocas que nos cercavam produzia o efeito duma descarga de fuzilaria. (...)
(...)Ao levantar-se fez-se de novo ouvir o estrondoso bahete! e formando outra vez as mangas em coluna , mandou-as entoar o canto de guerra. Aqui devia eu parar! Nada no mundo pode dar uma pálida idéia da magnificência do hino, da harmonia do canto, cujas notas graves e profundas vibradas com entusiasmo por 6000 bocas faziam-nos estremecer até ao íntimo. Que majestade, que enrgia, naquela música, ora arrastada e lenta, quase moribunda, para ressurgir triunfante num frémito de ardor , numa explosão queimante de entusiasmo! E à medida que as mangas se iam afastando, as notas graves iam dominando, ainda por largo espaço, reboando pelas encostas e entre as matas do Manjacaze! Quem seria o compositor anónimo daquela maravilha? Que alma não teria quem soube meter em três ou quatro compassos, a guerra africana com toda a acre rudeza da sua poesia?(...)

domingo, 27 de abril de 2008

Uma corrente, um elo...



Andava o mar tão calmo, sem as ondas dos elos! O pior é que tais ondas vêm sempre pelo sopro de gente amiga...
Como disse quem me “mimou”, a IO, lá vai o copy / paste das regras da corrente:

- Dizer 6 coisas que não se importe de fazer ou de ter.
- Colocar o link da pessoa que o "mimou".
- Colocar as regras no blog.
- Desafiar 6 pessoas, deixando um comentário nos seus blogs

Não me importo de quebrar correntes, nem que as quebrem quando sou eu as lhe dar mais um elo;
Não me importo de ter na garagem de casa um carro velho, desde que tenha mais de 20 anos de uso, e me leve aos lugares que quero;
Não me importo de perder umas horas matinais de um domingo em troca de umas horas de sono a mais;
Não me importo de ser antipático, se assim for necessário para deixar transparentes os meus posicionamentos;
Não me importa não ter nenhuma paixão pela águia, lagarto ou pelo dragão. O Urubu carioca apagou-me da memória o torcedor de tempos de infância;
Não me importo de amar.

E os seis elos que coloco à corrente, e que me desculpem eles, mas que levem em conta o meu “primeiro não me importo”, o JoãoTunes, o António Oliveira, o Jaime Gabão, o Espumante, Eugénio Almeida, e o Paulo Granjo, com quem nunca troquei uma palavra mas a quem também tem-me agradado bastante o ler.

sábado, 26 de abril de 2008

Parabéns Portugal!

Fonte da imagem : Site Educa Terra


Este ano não faço homenagens ao 25 de Abril, a grande Revolução dos Cravos de Portugal em 1974.
A minha homenagem fica para o povo português por ter conseguido, ainda que com alguns movimentos de minorias barulhentas, a continuidade da liberdade em 26 de Abril de 1974 até aos dias atuais.
Parabéns Portugal!

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Há que democratizar a nossa democracia!

Fonte: aqui

A ditadura do poder econômico dentro de uma acomodada população democrata é evidente no nosso dia a dia, mas quando aparece quantificada em estudos sérios parece que fica ainda mais assustadora. Os números vistos e analisados tiram-nos da anestesia que a auto-defesa nos cria.
Um resumo de um estudo feito pela ONG Nossa São Paulo mostra a seguinte distribuição de verbas da prefeitura e de infraestrutura de uma das maiores cidades do mundo:
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1- O volume de recursos que chegam aos bairros (subprefeituras) mais ricos chegam a ser 4 vezes maiores do que de que os que chegam aos bairros mais pobres:


a. Subprefeitura de Pinheiros - bairro com maior orçamento per capta – R$ 126,59;


b. Subprefeitura de Capela do Socorro – Bairro com menor orçamento per capta – R$ 31,43;


c. Subprefeitura de Pinheiros - 245 mil habitantes divididos por 32 km2;


d. Subprefeitura de Capela do Socorro - 645 mil habitantes em uma área de 134 km2;

2-Leitos de hospitais disponíveis por subprefeituras:


a. Média geral da cidade de São Paulo – 2,84 leitos por cada 100 mil habitantes


b. Melhor média – região da Sé (região central) – 18,64 leitos por 100 mil habitantes


c. Pinheiros – 12,53 leitos por cada 100 mil habitantes


d. Campo Limpo – 0,2 leitos por cada 100 mil habitantes


e. Existem regiões que chegam a zero leitos!!!

3- Escola / horas aula


a. Em bairros mais pobres, o ensino fundamental é divido em três turnos/dia de 4 horas para atender mais alunos. O turno intermediário das 11:00hs às 15:00hs é conhecido pelo “turno da fome”;


b. Nos bairros mais ricos a carga horária é de 6 horas, dividida em dois turnos/dia;


4- Dizem os responsáveis pela ONG que fez o estudo, que não é mero acaso, e a gente sabe disso, que estas estatísticas onde identificam o baixo nível de infraestruturas (baixo investimento público), encontram-se os altos níveis estatísticos , como:


a. Piores indicadores de criminalidade juvenil


a1. A subprefeitura nobre de Vila Mariana é o que tem o menor nivel de morte violentas – 10,19 por 100 mil habitantes


a2. Já a subprefeitura da Casa Verde / Cachoirinha tem um índice de 174,92 mortes violentas por 100 mil habitantes.


Comentário: Um dos responsáveis pela ONG, sr. Pereira, compara os índices dos bairros ricos aos índices de países desenvolvidos, e os dos bairros pobres ao de países em guerra.


Há que democratizar a nossa democracia!

*Ano base da estatística: 2006.

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Adenda: Se tiver interesse em ver outras avaliações, visite o site da Nossa São Paulo.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Tremeu o chão...

Fonte da Imagem: CeticismoAberto


Passava um pouquinho das 21:00hs (Brasília) quando estava eu usando o meu notebook, me atualizando em sites de notícias e no círculo de blogues, com a minha filha na rua com o namorado, o meu filho mais novo no banho, e a minha mulher... a minha mulher fazendo alguma atividade caseira depois de um dia de trabalho, quando senti o prédio tremer.
Será? Segurei o notebook como se ele fosse a prova do que estava sentindo. Invadiu-me um sentimento de angústia. Não sei se foram décimos de segundos ou se segundos de tremor, mas sei que a angústia perdurou por mais tempo. Não me caiu a ficha da possibilidade de um tremor de terra, de 5,2 graus Richter. Fiquei com receio de algum problema na estrutura do prédio.
Perguntei à minha mulher se havia percebido algo, e obtive uma resposta negativa. Passou a minha angústia a passear pela possibilidade de uma crise, leve, de labirintite, algo que já tive no passado e não gostaria de vir a ter novamente...mas não, não era exactamente a mesma sensação. O “note” tremeu entre as minhas mãos, ao meu colo, tenho quase a certeza disso!
Passados uns trinta minutos dá no Plantão da TV Globo a notícia de um tremor de terra sentido na cidade de São Paulo e outras cidades no Estado de São Paulo. Chamo a Cristina para acompanhar a notícia e completo: Daqui a pouco volta o plantão para completar a notícia e informar que o tremor também foi sentido em Curitiba, Paraná.
Mais uns minutos, e a notícia mais completa diz que o tremor foi sentido em cidades dos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
Talvez estupidamente, as minhas angústias foram indo embora junto com o tremor, com o encontro dos fatos reais que felizmente não trouxeram conseqüências maiores, nem para os meus, nem para o restante da população da região atingida.

Dia do ...



- Dia do Descobrimento do Brasil

- Dia da Comunidade Luso-Brasileira

  • - Dia da Terra

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Nação Rubro-Negra perde técnico para Nação da RSA

Fonte da imagem: Site UOL


Carlos Alberto Parreira alegou motivos familiares para deixar o Projeto 2010 da seleção da África do Sul para a Copa do Mundo que deverá transcorrer em seu território.
O técnico brasileiro indicou um outro brasileiro para substituí-lo e os sul africanos toparam.
Perde o meu Flamengo que recebeu o Joel Santana (foto) pela quarta vez, com a torcida cheia de dúvidas, mas que acaba por tirar o Mengão da faixa de rebaixamento do Nacional de 2007 e o leva para a terceira colocação em um campeonato dificílimo, coloca-o já na final do Campeonato Carioca de 2008, e tem o rubro-negro em uma boa e crescente campanha na Taça Libertadores (sul-americano de clubes).
O Joel só fica até ao fim das duas rodadas contra o Botafogo (04.05.08), onde se definirá o Campeão Carioca 2008. Que este, o título, seja o presente que o Joel deixe-nos, à Nação Rubro-Negra, e que no fim do campeonato, com a faixa de campeão no peito, ou não, que a torcida faça a homenagem que o técnico Joel Santana mostra merecer.
Depois, torcer que a Seleção da África do Sul aproveite bem a competência e o espírito humano da figura carismática do Joel Santana, e torcer muito para que a diretoria do Flamengo tenha a competência para trazer um nome que possa bem representar a Nação Rubro Negra e a sua tradição.

sábado, 19 de abril de 2008

Os exilados estão chegando, e de quem é a culpa?


Por António Maria G. Lemos - em 18.04.08


Faz alguns dias que um navio cargueiro chinês está tentando atracar no porto de Durban, (África.do Sul) sem conseguir.
Motivo: Está carregado com toneladas de armamento para o Zimbawe. Metralhadoras, bazucas, granadas, minas de todos os tipos, etc. ... e os sindicatos dos estivadores sul africanos com mais de 30 000 operários registrados, assim como o sindicato da Polícia, se negam a descarregar o navio e carregar os trens, e dar a segurança para o transporte que deve seguir para o Zimbawe.
Ambos sindicatos se negam a ajudar o governo do Zimbawe a gastar o dinheiro público em armas, num país onde a inflação de mais 300% por semana e taxa de desemprego de 70%, as prioridades de um governo justo deveriam ser outras. Nobre decisão vinda da base da população sul africana que mostra muito mais bom senso que o seu governo, que na pessoa do senhor Mbeki continua dizendo na TV ; " Não sei o que é que está sendo comercializado entre esses dois Estados independentes" (?!)
Não vamos esquecer que a China é o maior parceiro comercial da África do Sul.
Apesar dos USA e a Comunidade Européia, desde alguns anos que boicotam a vendas de armas para o Zimbawe, a China que massacra não só os Tibetanos, continua sendo a maior aliada de Mugabe.... não só na área das infra-estruturas e ajuda alimentícia, como o governo prepotente da China costuma pregar ao Mundo. Se alguma dúvida alguém tinha, agora essas toneladas boiando às margens de Durban, deixam claro as bases de "ajuda" que existem entre esses dois estados.
Não vamos esquecer que essas armas não são oferta da casa, elas serão pagas com a segunda maior reserva de platina do mundo, que os chineses estão sacando do Zimbawe na calada da noite há muitos anos.
O povo sul-africano se pergunta por que será que Mugabe precisa de tantas armas? Para atacar vizinhos ou para usar contra o seu próprio povo esfomeado e sedento por atravessar as fronteiras para os países vizinhos, em busca de segurança e emprego? Quem será o alvo final?
Por quanto tempo mais os governos vizinhos do Zimbawe vão fingir não ver a catástrofe humana à porta de casa?
Por quanto tempo mais, os governos vizinhos vão querer continuar cuspindo para cima? Diz a lei da gravidade, que a bisga não ficará suspensa no ar.
Talvez quando milhares de pessoas começarem a arrombarem a porta, atravessando as fronteiras com a trouxa e cuia na cabeça, enchendo as regiões fronteiriças de exilados com fome, é que esses governos coniventes com Mugabe perceberão que não têm a menor infra-estrutura para receber essa massa humana.
E aí o que farão os governos da Zâmbia, África do Sul e Moçambique? Colocarão velhos e crianças na cadeia como ilegais? Ou devolverão à força essas almas à ditadura de Mugabe? Nos moldes feitos com os judeus da segunda guerra mundial?
Espero que quando esse dia chegar, pois se nada se fizer contra, esses dias já se podem contar, que a lucidez política e o respeito pelos mais elementares direitos humanos prevaleçam.
A minha solidariedade para com os valores de ética e de humanidade, que deveriam estar sempre acima dos interesses financeiros, e que os povos do Zimbawe e Tibet também merecem.
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Adenda: Hoje, 19.04, o navio Na Yue Jiang já zarpou de Durban e a ONG do Zimbabué, Projeto Paz, alerta que o mesmo poderá atracar em algum porto de Moçambique para ali fazer o transbordo para transporte terrestre para levarem então as armar até Mugabe.
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Indica-se a leitura: aqui, no Canal de Moçambique

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Dia do ...


  • - Dia Nacional do Livro Infantil - Homenagem a Monteiro Lobato (Brasil)

- Dia da Independência do Zimbábue

terça-feira, 15 de abril de 2008

Acordo Ortográfico II


Há vozes que dizem ser indefensável o Acordo Ortográfico, e levantam como o exemplo os ingleses, e outros povos que adotaram esta língua como sendo a sua, que vêm deixando evoluir a adaptação do “seu inglês” cada um à sua maneira. Até nisto há quem queira sempre colocar o santo do vizinho mais milagreiro do que o nosso!
Pontos de vista são pontos de vista, é claro, mas sem querer radicalizar, mas até talvez o fazendo, mas começando por respeitar a visão dos outros, o que não consigo é entender e visualizar é a divisão da Pátria tão bem retratada pela frase de Fernando Pessoa.
Não estou aqui defendendo padronizações de culturas, de importações ou proibições de importações de expressões regionais ou de se forçar sotaques de minhotos para os lisboetas, ou dos baianos para os gaúchos, ou entre angolanos e moçambicanos, ou cabo-verdeanos e portugueses. O que não consigo ver é toda esta gente a escrever este mesmo texto com códigos diferentes. Em formatos diferentes, tudo bem que cada um tem o seu estilo, mas em códigos diferentes só pelo respeito aos meus erros de português.
Se todos concordam que a língua tem vida e por isso evolui, o que é que, além de peneiras pontuais, sejam elas vindas de Portugal, do Brasil ou de outros países lusófonos, pode se sobrepor a se buscar uma padronização no código de comunicação, pelo meio da escrita, entre povos lusófonos? Raízes? Questões regionais? Questões culturais? E a língua portuguesa teve quantas origens? A base cultural que gerou esta língua passou a ser diferente ou vamos mesmo assumir a partir de agora um divisor de águas e acabar com a Pátria tão bem retratada por Fernando Pessoa e resumir o português à Península Ibérica, e fundarmos definitivamente o brasileiro, o moçambicano, o angolano e por ai afora?
Passaremos agora a dizer então que das "antigas línguas" lusófonas a que se menos fala é o português, para ser o brasileiro a ser a mais falada e talvez a de maior importância para integração entre alguns povos e algumas economias mundiais?
Acordo ortográfico envolve mesmo questões econômicas se os países envolvidos forem realmente sérios e estiverem a ver mais longe, em especial na parceria entre os países envolvidos no dito acordo, principalmente no campo de educação em todos os níveis, e não só.
A língua portuguesa é maningue nice, é mesmo massa, é do caraças, para não se aperceberem que o que se está a discutir é a ortografia e não questões culturais, a níveis regionais ou nacionais.
O resto é conversa, ou combersa, ou conversha ou shei lá!!!

domingo, 13 de abril de 2008

Em tempo de (des)acordos...

sábado, 12 de abril de 2008

Um descuido presenteado!

A Sofia, no Rio de Janeiro em Fevereiro deste ano.
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Hoje fazem 23 anos que um descuido mudou os planos de um casal que havia programado não ter filhos. Afinal indicavam os entendidos e os nãos entendidos que um casal de primos direitos não deveriam arriscar.
Descuidamos, mudaram-se os planos, e acabamos por ser presenteados por uma rica filha que tem como característica maior o ser uma guerreira.
Saúde é o que te desejo, filha! O resto, sei que buscarás a tua felicidade através de caminhos de retidão, atravessando os obstáculos naturais que a vida vai nos colocando para nos experimentar.
Um beijo e um abraço especial e desculpa ter invadido a tua pasta de fotos. :)
Do pai que te ama!

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Acordo ortográfico

Fonte da Imagem: UNIFAI


No Espumadamente, um blog que gosto de visitar regularmente, também surgiu o tema do acordo ortográfico. Entre outros comentadores, deixei o meu ponto de vista, assim que com meias palavras. O "Espumadamente" acabou por me questionar parte do que disse, dizendo-me que talvez não me tivesse entendido. Acabei por lá colocar algo mais extenso na tentativa de ser mais claro, o que aproveito para reproduzir aqui.
Assim, também aqui no Lanterna deixo o meu ponto de vista sobre acordos linguísticos...claro que os que envolvem a nossoa língua pátria.
Abaixo, o comentário deixado no Espumadamente, agora com pequenas correções, mas sem alterar a mensagem.

Como introdução ao que vou tentar esclarecer ao “Espumadamente”, começo pelo o que dizem ser uma colocação de Fernando Pessoa: “A minha Pátria é a minha língua.”
Em vários lugares que se debate, ou se debatem algumas pessoas, sobre este tema, coloco sempre esta questão do se falar hoje mais o português além fronteiras portuguesas do que em próprio Portugal no foco da importância que a língua tem para o mundo. Não entro aqui na questão como ela foi difundida. A história nos conta. Neste tema o importante é que a mesma acabou por se sedimentar por várias regiões geográficas e não mais pertence só à ponta da Península Ibérica, mas haverá que haver orgulho por lá ter surgido, reconhecidamente pelos mais estudiosos, uma das línguas mais completas.
Sendo assim, a evolução da mesma, que historicamente não haverá como se fugir, não deverá afastar-se de acordos, acordos esses que não deverão só fazer parte Portugal e Brasil, e sim também todos os outros países onde a língua oficial seja a portuguesa.
Afinal, o acordo não trata de sotaques, de termos ou gírias locais, e sim de questões ortográficas que não vejo como não andarmos, países lusófonos de mãos e canetas juntas, ou melhor dizendo, de “cabeças” a trabalhar em conjunto.
Sinto, como português, nascido em Moçambique e residente no Brasil há 33 anos, que a grande maioria que está contra o acordo ortográfico (que acordo, qual deles?) nem mesmo conhece os detalhes do mesmo, e que antes de estar contra a evolução deveria estar mais preocupada, essa gente, em saber como estão tratando tal acordo, como está ele levando em conta as tais regras de exceção. Levanto um, como o”c” no “facto” em Portugal, que diferencia do “fato”, que no Brasil é “terno”. Vai-se deixar como outras línguas, e até já no português em alguns casos, na interpretação coloquial? (Como algo interessante, a palavra "factível", no Brasil como em Portugal, continua se escrevendo com o “c” antes do “t”, pois neste caso não está ali só ocupando espaço.)
Sobre o que alguém aqui já questionou se somos ou não somos democráticos, espero bem que sim, pois acredito na democracia como a busca do consenso sem necessariamente concordarmos com tudo e com todos, mas não acredito na democracia, muito menos em questões como este tema, como cada um faça como bem entender.
Sobre o exmplo dos ingleses e americanos, torço para que consigamos sermos melhores que eles. :)
Espumadamente, espero que tenha deixado a minha posição mais clara.

Abraço a si e a todos que aqui participaram até agora.
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Adenda: Aconselho a leitura desta crónica.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Tocha sem luz em São Francisco

Fonte da imagem: Site Estadão

Nos USA, especificamente em São Francisco, o passeio com a Tocha Olímpica sofre alterações de roteiro, atletas são dispensados para percorrerem com a mesma, outros desistiram de participar, e a maioria que conseguiu assitir o evento foram os próximos de 700 seguranças convocados para acompanhar os atletas e autoridades envolvidos com a “festa”.
Os manifestantes americanos pró Tibete deram uma lição não só aos governantes chineses, mas também, ou principalmente, à hipocrisia “bushiana”, neste caso representando muito bem grande parte de estados deste planeta.
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sábado, 5 de abril de 2008

Coisas que impressionam



O Gil, um amigo aqui de Curitiba, andou a viajar pelo Chile e pela Argentina e chegou por estes dias. Pedi-lhe se me mandava uma das fotos que havia tirado que lhe tivesse marcado, por algum motivo, de forma diferenciada. Enviou-me esta com a seguinte mensagem:



Caro Zé Paulo:

Você me pediu uma foto em que tivesse algo que me impressionou em minha viagem pela Patagônia.
Bom, estive pela região patagônica chilena e argentina. Posso dizer que tudo é muito lindo, que a natureza é realmente prodigiosa.
Mas, se é para apresentar um item apenas, como o mais impressionante, é o que está na foto anexa.
Trata-se de um pedaço de gelo, despreendido do Glaciar Upsala, no Parque Nacional Glaciares, Argentina.
Qual a razão? Quando se avista de longe um glaciar, bem como os pedaços que dele se desprenderam, vê-se aquela enorme massa de gelo e, como tal, muito branco. Ao navegar pelos lagos e, aproximar-se dos pedaços que se soltaram, a luz solar transforma o que antes era branco, em um tom de azul sem igual.

Gil


* O título deste post é o título que o Gil usou no e.mail que me enviou.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Martins Luther King


Fazem hoje 40 anos que calaram a voz de um dos bons!
Fonte da imagem: Novasinapse