sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Afinal o Alonso abriu a boca, e se não entrou mosca...



Fonte: F-1 na Web - Diego Menegon


O ex- piloto e atualmente comentarista de Fórmula 1, John Watson, defendeu Lewis Hamilton, da McLaren, depois de o inglês ter sido acusado por seu ex-companheiro, Fernando Alonso, de ser o pivô do escândalo de racismo, há um mês, em Barcelona. Alonso teria declarado que seus fãs espanhóis só ofenderam Hamilton porque o mesmo teria dito que usaria suas atitudes em 2007 como um exemplo de "como não se deve comportar".“Qualquer comentário que o Lewis (Hamilton) tenha feito, ele tinha o direito de fazê-lo, pois sentiu que o Alonso não correspondeu às suas expectativas e não se comportou como um campeão mundial”, disse o ex-piloto.


--------------

De facto venho acumulando cada vez mais motivos para acreditar que o Alonso é só um bom piloto.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Ainda o plágio na UEM


Ainda o Plágio na obra de Rafael Conceição e "outros mais"... no ForEver Pemba!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Massa pisa na bola!

O piloto de F1 Felipe Massa busca amenizar o problema de racismo registrado nas arquibancadas do autódromo de Montmeló, na Espanha, com afirmações para o jornal italiano Gazzetta dello Sport, como:
.
"Se alguém deseja atingir Hamilton por causa da cor da pele, não é bonito. Porém os jornais não compreenderam bem todo o ocorrido, só que é uma guerra entre a imprensa espanhola e a britânica..."
"As verdadeiras acusações de racismo são quando se fala de pele com distinção e, na minha opinião, não creio que aconteceu isso. A F-1 é diferente com grandes lutas na pista de uma forma correta e também entre os fãs..."
.
Meu caro Massa, podem até as imprensas dos dois países estarem usando o episódio da forma mais errada possivel para cutucarem as suas rivalidades, afinal estão aí envolvidos pilotos dos dois países, além de uma McLaren inglesa. Mas se existem testemunhas que houve coro da torcida, coro esse que não foi de duas ou três pessoas, que gritaram em mais de uma possibilidade "negro de merda" e outras expressões similares e a própria Real Federação Espanhola de Automobilismo, administradora do autódromo onde os tristes factos foram testumanhados, entrou imediatamente em defesa do Hamiltom, declarando inclusive "Este tipo de energúmenos, que confundem rivalidade esportiva com violência, precisam saber que a Federação terá tolerância zero com eles.", e só por isso não há, e nem deve, como vir voce colocar a F1 e os seus torcedores no pedestal da ética e correção como se nada tivesse acontecido a não ser apenas uma guerrinhas entre jornais.
E entre nós, que ninguém nos ouça, mas com o exemplo que McLaren, Ferrari e a própria Renault deram em 2007, essa afirmação de disputas sempre corretas até parece ironia. E dizer que não sabe bem o que aconteceu, como voce disse na mesma entrevista, com a torcida nos recentes testes em Barcelona, é querer convencer que um cego pode guiar um F1!
.
Fonte da imagem: F1WAY

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Caçador de pipas

O best-seller de Khaled Hosseini, “O caçador de pipas”, foi daqueles livros que ficou sempre para depois...depois eu compro, depois eu leio...
Ontem, um dos programas do casal que ficou com a casa pequena, pois a filha mais velha foi passar uns dias na praia e mandou vir buscar o irmão mais novo para passar o fim de semana com ela e os seus amigos, foi ir ver o filme adaptado da obra de Khaled Hosseini.
Para quem leu o livro, diz que o filme resume bastante a estória, mas não vi ninguém dizer que entendeu que o livro estaria ali estripado.
Eu, que não li, vi um bom filme, com uma ótima fotografia, com um tema fortíssimo, com um fundo tão forte quanto, que a cada cinco minutos de “fita” te deixam com os vários níveis de emoção a trabalhar.
Um belo filme, uma bela estória com belas mensagens, sendo que a participação dos atores mirins, em especial que fazem os personagens principais Amir e Hassan, essenciais para entrarmos na trama como se a tivéssemos vivendo.

O silencio de Alonso....



Será que estou errado em acreditar que por terem sido torcedores do Fernando Alonso que demonstraram actos de racismo contra ao seu colega de profissão, Lewis Hamilton, ele, mesmo que não tenha responsabilidade pelas atitudes dos seus fãs, devia ter feito alguma declaração oficial mostrando que não compartilha com a postura dessa parcela da sua torcida?

Não é, de alguma forma, o seu silêncio, não o silêncio de um homem comum, um acto de cumplicidade com esses torcedores?
Ou terá havido alguma manifestação da parte do mesmo que eu não tenha me apercebido?
.

Fonte da imagem: Blog do Ricardo Lampert

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Racismo em torcida de esporte de elite...

Torcedores espanhóis, no caso maus torcedores espanhóis, conseguiram fazer chegar o racismo à Fórmula 1 durante os testes de algumas equipes na pista de Barcelona de Montmeló , onde entre elas a McLaren e o seu piloto Hamilton, ex-colega de equipe do espanhol Fernando Alonso, participavam neste sábado, dia 02 de Fevereiro.
Além de faixas agressivas no autódromo, cada vez que o piloto se deslocava entre o motor home da equipe e os boxes era chamado por aproximadamente 3.500 torcedores de Alonso de “negro de merda”.
A Real Federação Espanhola de Automobilismo, pressionada ou não pela FIA que ameaçou com a não realização dos dois GP’s previstos para 2008 no país, reagiu fortemente com uma nota onde entre outras declarações, dizia:
"Este tipo de energúmenos, que confundem rivalidade esportiva com violência, precisam saber que a Federação terá tolerância zero com eles."
Agora é aguardar as verdadeiras ações, mas o que mais me deixa angustiado no momento é ver qual será, que já deveria ter havido alguma, atitude do esportista e homem Fernando Alonso.
.
Fonte da Imagem: Estadão

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Carnaval - Grupo Especial Carioca


Os desfiles do Grupo Especial das Escolas de Samba do Rio de Janeiro começam hoje às 21:00hs na Avenida Sapucaí.
Três escolas têm no seu enredo o tema dos 200 anos da mudança da Família Real para o Brasil.
Mas a grande polemica deste ano vem em cima da censura, a pedido da Federação Israelita do Rio de Janeiro e que a Justiça local acatou, sobre um dos carros alegóricos da Escola Viradouro que era representado por corpos empilhados e pela figura do ditador e nazista Hitler, representando o holocausto. Se alguns podem achar infeliz a idéia de misturar o holocausto com carnaval, com toda a certeza mais infeliz foi a iniciativa do pedido da Federação Israelita carioca e ainda mais a Justiça ter acatado tal pedido. O carnavalesco da Viradouro, Paulo Barros, promete protestar. Torço para que seja durante o desfile.
Já a minha Mocidade Independente de Padre Miguel abrirá o desfile de segunda-feira com o enredo "O Quinto Império: De Portugal ao Brasil, uma utopia na história ".

Letra completa do enredo da grande Mocidade, "O Quinto Império: De Portugal ao Brasil, uma utopia na história "
.
Portugal... Bendito seja!
Abençoado pelo criador
Uma utopia, um destino, um sonho
Místico, de grandes realezas
Sonhar...
Com glórias um rei desejar
E o sol volta a brilhar
Com a esperança no olhar
Mas desapareceu, como um grão de areia no deserto
E “encantado renasceu” em cada ser, em cada coração
Para afastar a cobiça, na busca do ideal:
O quinto império universal
.
Deixa o meu samba te levar
E a minha estrela te guiar
À praia dos Lençóis, nas crenças do
Maranhão
Tem um castelo, que é do Rei
Sebastião
.
No Rio de Janeiro aportaram caravelas
Trazendo a família real
Progresso em cores combinadas
Debret retratava a transformação
Nas terras tropicais do meu Brasil
A herança... A dor, o mito “ressurgiu”
Eis o guerreiro sebastiano“o mais ufano dos lusitanos”
Em verde-e-branco
Que traz no peito uma estrela a brilhar
De norte a sul desta nação
Faz a manifestação popular
.
Minha Mocidade... Guerreira
Traz a igualdade, justiça e paz
Hoje o Quinto Império é brasileiro
(Amor)
Canta Mocidade... canta!
.

.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Quem acode ao Quénia?


Quem acode ao Quénia? , no Pululu de Eugênio C. Almeida, alerta para a passividade do mundo, do qual fazemos parte, sobre o drama no Quénia.

Cotas para universidades, integração ou desintegração social?

Fonte da Imagem: Projeto Beija-Flor


Porque eu traria um já batido assunto, que é a questão das cotas para negros ou pardos para as universidades brasileiras?
Esta semana fiquei sabendo que um filho de um grande amigo meu, este amigo moçambicano e filho de portugueses brancos, casado com uma brasileira descendente também de europeus brancos, acabou de se classificar, o tal filho do meu amigo, em uma universidade usando-se das cotas para negros ou pardos. Para isso apresentou um documento que o pai havia nascido em Moçambique, África, e mostrando uma fotografia do pai, bem moreno, mais para indiano do que para mulato, na verdade côr resultado de muita praia. A senhora que atendeu o rapaz, não teve dúvidas e classificou-o, sendo descendente de europeus tanto por parte de mãe como de pai, como pardo, e usufruiu o mesmo das cotas de forma indevida.
É o que acontece quando as leis não têm nem mesmo base técnica para serem executadas.
Quando eu soube, tive a reação de incriminar a atitude do rapaz, mas conceitualmente acabo por achar que é mesmo uma forma de debochar e de desestruturar uma lei que não cabe, ao meu ver, para este país.
É evidente que o racismo está entranhado na sociedade brasileira, não tivesse sido este país povoado (e despovoado) por uma colonização lusitana. Se o racismo por aqui não é formal, não conhecemos KKK, como disse António Paim na sua crônica no Estadão, e nem um apartheid como se viu no recente Séc. XX na República da África do Sul, o racismo na sociedade brasileira fica também na forma humilhante e disfarçada nas questões sócio-econômicas.
Antes de continuar, colocarei aqui alguns números estatísticos para que possamos avaliar melhor o que penso.

A)
97% dos universitários são brancos
2% dos universitários são negros
1% dos universitários são amarelos

* Dados do Prof. José Jorge Carvalho, quando da sua proposta do sistema de cotas, em 2002.

B)
45% da população brasileira é negra

C)
64% de negros representam a população pobre do Brasil
69% de negros representam a população de indigentes (extrema pobreza) do Brasil

D)
População aproximada do país: 250 milhões
53, 9 milhões de pobres


Haverão outras estatísticas para serem avaliadas, embora os números sejam muito perigosos e sejam sempre um tanto tendenciosos, conforme as interpretações de quem os olhe. Mas não há quem possa duvidar que o Brasil não seja o melhor exemplo da dita “democracia racial”.
Podemos, com contas simples, concluir que temos no Brasil uma população aproximada de 112,5 milhões de negros, sendo que 34,5 milhões são pobres, que em um país extremamente injusto socialmente apresenta nesta faixa da sociedade, seja branco ou negro, com um acesso a uma escola pública de ensino fundamental de baixíssima qualidade.
Ou seja, infelizmente, mesmo que fossem brancos, é complicada a possibilidade de chegarem a uma Universidade Pública, gratuita, onde os alunos da classe média alta e classe alta do ensino fundamental que estudaram sempre em colégios particulares dos bons e melhores, e que agora são os maiores concorrentes às vagas das Universidades públicas, por serem estas gratuitas e por serem consideradas na média melhores que a maioria das particulares, passando a ser um bom item no currículo para o futuro profissional só pelo facto de ter conseguido ingressar na “x” Universidade Federal.
Confundem-se aí as soluções da integração social com a integração racial.
Até porque há avaliações que demonstram que há maior evasão da escola das crianças negras do que das crianças brancas, quando na faixa de 11 aos 14 anos. E nisso deve-se avaliar o que está acontecendo e trabalhar já nessa fase da formação dos futuros, em potencial, universitários. E aí sim, poderá ser uma má atuação da escola perante as diferenças de relacionamento enrustidas raciais que poderão estar gerando essa diferença de atitude entre as crianças negras e brancas (Disse o Prof. Carvalho, lá em 2002, que dentro dos 25% mais pobres, nas crianças desta faixa etária, 44,3% dos brancos estão na segunda fase do ensino fundamental, e das negras só 27,4%).
Sobre a entrada dos negros nas faculdades, que se trabalhe com cotas para as Universidades Públicas vinculando-se a quem sempre estudou em Escolas Públicas, que assim se dará maior espaço nestas para a classe média baixa e pobres e onde automaticamente os negros também estarão inseridos. E aí sou bastante radical. Que as cotas representem mais que os 50% que já se tem no Estado do Rio de Janeiro também com este critério, além dos das cotas para os negros. De qualquer forma o Rio de Janeiro pelo menos já tem algo mais do que uma decisão federal que mascára uma solução racial e que poderá sim criar problemas futuros para os profissionais negros que “usufruíram” das cotas-esmolas.
Depois, as questões raciais no mercado de trabalho, onde também é sabido, inclusive nas classes mais altas, que o negro tem salários médios mais baixos do que o branco, não haverão de ser resolvidos por “cotas” ou "subsídios" do governo, e sim por movimentos de cidadania, de orgulho como raça, não pedindo licença para poder sentar na mesma mesa, e sim ir-se sentando, orgulhosamente se sentando.