segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Fandango paranaense

Dr. Marvin - Fandango, Alfaia e Barreado

Fandango em versão "Pop"



Grupo Pôr do Sol - Marinheiro

Fandango no seu formato original

sábado, 25 de outubro de 2008

Morretes é um lugar que gosto de visitar

Morretes é um lugar que gosto de visitar. Há os lugares que quando recebemos visitas em Curitiba nos sentimos na obrigação de levá-las a conhecer. Os famosos cartões postais. Sejam estes lugares que nos agradem ou não, mas se não os levarmos acabaremos por passarmos pelo risco do visitante nos perguntar: “E o tal lugar, é mesmo legal?”
Morretes, um município que fica a aproximadamente 60 km aqui de Curitiba, fundada em 1733, é um dos lugares que levo qualquer amigo que por aqui chega com grande prazer. O prazer de levar um amigo a conhecer algo "novo", e de eu estar a ir de novo aquele lugar.
O centro histórico, misturado com o muito verde do lugar e as águas dos seus rios, torna aquele espaço energético. Essa concentração de enrgia deve ser ajudada pela Serra do Mar e a Mata Atlântica que rodeiam a cidade
Hoje o tempo por lá estava nublado, o que em nada atrapalhou o passeio, o aconchego das ruas e arquitetura colonial e a simpatia da gente do lugar que sabe que o turismo é importante para a economia da sua cidade.
O sol só fez falta para dar um pouco mais de brilho às fotos, mas para nós que lá estávamos o brilho não fez falta alguma ao que víamos.
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Vista parcial do Rio Nhundiaquara, que corta a cidade.


Ruas estreitas com a sua arquitetura colonial.


Palmeiras reais em guarda.

Onde comemos o "barreado", prato típico da cidade.

Igreja Matriz da Nossa Senhora do Porto, construção iniciada em 1812.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

José Craveirinha

A vantagem de se ter pessoas como Craveirinha que passam pela nossa vida, é poder relacionar a sua obra que fica para todo o sempre com o que nós o conhecíamos como um "simples" mortal.

Craveirinha ou o Tio Zé, tinham uma imponência que chegava a me assustar na minha adolescência. Era tão grande esta, quanto era a meiguice do casal Zé e Maria quando nos recebiam na sua casa na Mafalala.

Ao descobrir este vídeo no Youtube foi uma emoção limpa de tristezas. Foi um recordar de parcerias e cumplicidades de verdadeiros companheiros, ou chapas, como se tratavam na altura, como os exemplos que ele e o meu "velho" Pai me deixaram.

Moçambique no programa Revista Brasil

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Dhlakama não está bem?

Fonte da imagem: BBC News


“Mas não me importo, sou bonito, nem pareço um antigo guerrilheiro. Pareço um europeu”.

Esta frase foi dita pelo lider do maior partido de oposição de Moçambique, a Renamo.
O sr. Afonso Dhlakama deveria, depois desta, se aposentar como político e se auto-exilar para o bem da nação que diz respeitar. Talvez com ele fora da política moçambicana se possa acreditar que a democracia moçambicana passe a ser levada mais a sério neste país, pois atitudes como esta só confirmam que esta personalidade não bate bem da bola e que vem desmoralizando a evolução da democracia moçambicana, que tanto precisa de uma oposição séria .
Isto sucedeu-se nos festejos do 29º. Aniversário da morte de André Matsangaíssa, considerado o fundador da Resitência Nacional Moçambicana, quando a viúva de Evo Fernandes, a sra. Ivete Fernandes, classificou Dhlakama de demagogo e reenvidicou que o partido da Renamo e os seus componentes nunca fizeram uma homenagem destas ao seu marido, morto em Portugal quando exercia um alto cargo no partido e, ao ver da mesma, sendo o maior responsável por ter dado um “cunho político à Renamo”.
Dhlakama ficou, pelo o que li, embaraçado e tentou desviar as atenções se auto-elogiando e entre outras colocações fez tal afirmação estupida.
Será que ele quiz dizer que nunca houveram guerrilheiros europeus? Ou o que será para ele referência de bonito e feio? Ou é só mesmo um piadista de muito mau gosto?
Este pessoal da Renamo gosta deste tipo de deslize. Já o edil da Beira, o sr. Simango, antes de ser deixado de lado pelo seu ex-líder na sua candidatura à reeleição, ao defender a sua candidatura vinculada à Renamo, falou umas bárbiries que conflitam com qualquer conceito de unidade moçambicana (ler aqui).
Depois ficam tristes porque não conseguem ganhar espaço político suficiente. É que deve haver gente a pensar que “ruim sem eles, pior com eles”.

sábado, 18 de outubro de 2008

Lula em Maputo


O meu Presidente brasileiro esteve no meu Moçambique, a terra que me viu nascer.
Em reunião com o Presidente moçambicano, Guebuza, o brasileiro Lula reclamou, na frente das câmaras e repórteres, da diplomacia brasileira, a qual estava ali representada pelo seu Ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, pela ainda não implantação da fábrica de medicamentos contra a Aids / Sida. Investimento que representa uma doação do governo brasileiro para Moçambique de uma quantia de 10 milhões de dólares, e que no teatrinho promovido pela diplomacia brasileira, com a justificativa do Celso Amorim que a demora (já lá vão 5 anos quando Lula esteve em Moçambique em 2003 e prometeu esta fábrica) se devia a um estudo sério para a instalação desta, ambos esqueceram de dizer que esta quantia a ser doada ainda tem que passar pelo crivo do Congresso brasileiro.
Talvez os atores momentâneos digam que a proposta da doação ainda não tenha sido levada para o Congresso devido ao projeto sério que fez que até então a promessa não tenha saído de um projeto de governos.
E é bom que seja de fato um projeto muito sério, para que seja implementado de forma sólida, com um conceito diferente como o habitual, quando parte do primeiro mundo, de se estar a enviar remédios para países menos favorecidos, e sim instalar neles tecnologia de ponta para que os próprios possam produzir e um dia deixarem de ficar dependentes de remessas eventuais e dependentes de liberações dos Congressos dos países doadores.
E falando em seriedade, é uma ótima notícia saber que se está abrindo um escritório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Moçambique. Não está claro para mim, além do aparente apoio na implantação da fábrica, quais os objetivos desse escritório, mas se dele iniciar-se uma troca de conhecimentos, e até mesmo de material de pesquisa, Moçambique pode ter a certeza que está abrindo as portas para uma instituição de pesquisa voltada para a saúde pública de grande gabarito, o que só poderá trazer grandes resultados benéficos para esta parceria.
Sei também que acompanharam a comitiva do Lula empresários brasileiros com interesses no comércio entre os dois países, mas não consegui obter informações em que áreas estariam ligados estes e como evoluiu o encontro dos mesmos com os empresários moçambicanos. Alguém poderia me matar esta curiosidade?

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Hamilton X Hamilton

Fonte da imagem: Terra - Esportes


Estou desapontado com o Lewis. Ele já jogou fora o título de 2007 da mesma maneira, correndo riscos desnecessários. Em um dia que ele deveria ficar fora de confusões, ele se enroscou não com um, mas com os dois pilotos da Ferrari.

Isto não sou eu que digo, foi o Niky Lauda que comentou sobre o "desempenho" do Hamilton no GP do Japão (fonte, F1 na Web).

O que eu acrescentaria, ou reforçaria, é algo que aqui já disse anteriormente. A largada do Hamilton demonstra o quanto o mesmo está se tornando "espaçoso" nas pistas.

domingo, 12 de outubro de 2008

Memórias de José Moreira de Carvalho



Meu Caro Zé Paulo,
Nestes tempos conturbados de turbulência financeira global onde os banqueiros e grandes investidores arrancam os cabelos vendo fugir os seus milhões, e os normais, como nós, vão pagando o pato, me lembrei de te mandar uma ou outra piada da nossa antiga África que outro sentido não tem senão descontrair o dia a dia.
Vamos lá: Em Vila Pery, no bar do Joaquim frente à estação, sempre ia o Estevinho, contador do Grémio, que era um copo de primeira e que ao fim da tarde já estava pra lá de Bagdá, mas sempre muito bem comportado.
Certo fim de tarde, o nosso Amigo lá estava e apareceram dois caras da SOALPO, gêmeos iguaizinhos e pediram uma bebida.
Diz o Estevinho: "Joaquim, eu devo estar muito bêbado...estou vendo tudo a dobrar!!!"
- Nada, - diz um dos rapazes - é que nós somos gêmeos...”
- Ó quê... os QUATRO?

Um abração e bom final de Domingo do Tio Zé.

sábado, 11 de outubro de 2008

Afinal a bandeira americana sempre teve vermelho...


Que o neoliberalismo vai ter que passar por uma reformulação, isso está visto.
O que eu não esperava era ver os USA partirem tão cedo para a estatização de grandes símbolos do capitalismo, através de uma linha intervencionista em instituições financeiras, até então inaceitável no modelo americano.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Regulamentação dos blogues na UE


Este assunto é mais sério do que meia dúzia de gente a espirrar em Portugal.

A Sra. Marianne Mikko, como relatora, apresentou ao Parlamento Europeu uma proposta de regulamentação dos blogues na UE.

Santa ignorância a minha, que não sabia deste facto, e a desta senhora, que faz aqui uma proposta extremamente perigosa, tipo lobo vestido de pele de carneiro.

Há que se fazer realmente uma reflexão onde estão querendo chegar e o pessoal se mexer para depois não ter que ficar na marginalidade e a imaginar como eram bons os tempos que se pensava em uma rede democrática, sem amarras.


O arquivo em PDF, onde pesquei a proposta em questão, que aqui reproduzo na íntegra, encontra-se aqui!


Será que deveria dizer em que blogue encontrei a referência a esta proposta? Por birra não direi. Mas mais tarde o Bruno fará parte das minhas estradas favoritas.

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PARLAMENTO EUROPEU


2004 2009


Comissão da Cultura e da Educação


2007/2253(INI)


7.3.2008


PROJECTO DE RELATÓRIO


sobre a concentração e o pluralismo dos meios de comunicação social na União Europeia (2007/2253(INI))


Comissão da Cultura e da Educação


Relatora: Marianne Mikko



PR\712320PT.doc PE402.864v01-00

Tradução externa




Í N D I C E



PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DO PARLAMENTO EUROPEU.................................3

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS.............................................................................................7


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Tradução externa 2/8 PR\712320PT.doc


PT


PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DO PARLAMENTO EUROPEU


sobre a concentração e o pluralismo dos meios de comunicação na União Europeia (2007/2253(INI))


O Parlamento Europeu,
– Tendo em conta o artigo 11.º da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia,


– Tendo em conta o documento de trabalho dos serviços da Comissão sobre o pluralismo dos meios de comunicação social nos Estados-Membros da União Europeia (SEC(2007)0032),


– Tendo em conta a Directiva 2007/65/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de Dezembro de 2007, que altera a Directiva 89/552 /CEE do Conselho relativa à coordenação de certas disposições legislativas, regulamentares e administrativas dos Estados-Membros relativas ao exercício de actividades de radiodifusão televisiva1,


– Tendo em conta a sua resolução de 20 de Novembro de 2002 sobre a concentração dos meios de comunicação social2, – Tendo em conta o artigo 45.º do seu Regimento,


– Tendo em conta o relatório da Comissão da Cultura e da Educação e os pareceres da Comissão das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos Internos, da Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia e da Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários (A6-0000/2008), A. Considerando que a União Europeia confirmou o seu empenho na defesa e na promoção do pluralismo dos meios de comunicação, enquanto pilar essencial do direito à informação e da liberdade de expressão, consagrados no artigo 11.º da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, e que constituem princípios fundamentais para a preservação da democracia, B. Considerando que qualquer apreciação do pluralismo dos meios de comunicação social deve ter em conta tanto o pluralismo da propriedade (pluralismo externo) como o pluralismo dos conteúdos (pluralismo interno), C. Considerando que a concentração, sem restrições, da propriedade pode colocar em risco o pluralismo e a diversidade cultural e que, em certos mercados, esta concentração se aproxima de um limite a partir do qual o pluralismo deixa de ser automaticamente assegurado pela livre concorrência do mercado, D. Considerando que os tratados europeus garantem o direito ao estabelecimento e à propriedade de empresas,


1 JO L 332 de 18.12.2007, p. 27.

2 JO C 25 de 29.1.2004, p. 205.

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Tradução externa
PT


E. Considerando que as novas tecnologias e os novos serviços de comunicação e de informação devem reforçar o pluralismo dos meios de comunicação social e a diversidade cultural, F. Considerando que, ainda que o principal objectivo das empresas de comunicação social possa ser o lucro, os meios de comunicação social continuam a constituir um instrumento ideológico e político de considerável influência, que não devem ser tratados em termos meramente económicos, G. Considerando que grandes empresas de comunicação social conquistaram posições muito fortes e frequentemente dominantes nos mercados dos Estados-Membros que aderiram à UE em 2004 e 2007, H. Considerando que, embora o contributo das empresas multinacionais de comunicação social para o equipamento técnico e para o capital de exploração nos novos Estados-Membros tenha sido essencial para a revitalização do sector da comunicação social, o investimento em capital humano ficou aquém do nível necessário para melhorar as condições e a qualidade do trabalho dos profissionais da comunicação social, I. Considerando que a competência da UE para intervir em matéria de pluralismo dos meios de comunicação social se limita à área do direito da concorrência e que a dimensão financeira das actividades orientadas para a concentração vertical e horizontal da propriedade dos meios de comunicação social nos mais recentes Estados-Membros da União Europeia ainda não atingiu os limites a partir dos quais é aplicável o direito comunitário da concorrência, J. Considerando que os consumidores de comunicação social devem ter acesso a uma vasta gama de conteúdos, desde o jornalismo de elevada qualidade ao entretenimento ligeiro, K. Considerando que, embora os criadores de comunicação social procurem produzir conteúdos da melhor qualidade possível nas condições estabelecidas, essas condições não são igualmente satisfatórias em todos os Estados-Membros, L. Considerando que uma percentagem crescente de jornalistas está empregada em condições precárias, sem as garantias sociais correntes no mercado de trabalho normal, e que estas condições se verificam com maior frequência nos novos Estados-Membros, M. Considerando que as publicações comerciais recorrem cada vez mais a conteúdos gerados pelos utilizadores, em especial conteúdos audiovisuais, contra pagamento de uma taxa nominal, o que suscita problemas de concorrência desleal entre os profissionais de comunicação social, N. Considerando que o recurso e a confiança acrescidos em conteúdos gerados pelos utilizadores podem afectar negativamente a privacidade dos cidadãos e das figuras públicas, criando condições para uma vigilância permanente, O. Considerando que, apesar de os blogues serem um meio de expressão cada vez mais comum, utilizado por profissionais de comunicação social e por particulares, o estatuto


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dos seus autores e editores, nomeadamente o seu estatuto jurídico, não está definido nem é indicado aos leitores dos blogues, o que causa incertezas em relação à imparcialidade, fiabilidade, protecção das fontes, aplicabilidade dos códigos deontológicos e atribuição de responsabilidades em caso de acção judicial,
P. Considerando que os Estados-Membros dispõem de uma ampla margem para interpretar as responsabilidades e o financiamento do serviço público de comunicação social e que os meios de comunicação social comerciais têm manifestado a sua apreensão relativamente a uma eventual concorrência desleal, Q. Considerando que o serviço público de comunicação social apenas está notoriamente presente no sector audiovisual e em áreas não lineares e que, frequentemente, o serviço público de comunicação social dos Estados-Membros da UE carece de financiamento adequado e sofre pressões políticas, R. Considerando que, em determinados mercados, o serviço público de comunicação social tem uma posição dominante tanto em termos de qualidade como de parte de mercado, S. Considerando que, se é certo que, para cumprir a sua missão, o serviço público de comunicação social deve deter, de forma estável, uma determinada parte de mercado, essa parte de mercado não deve ser considerada um fim em si mesmo, T. Considerando que, na última década, surgiram novos canais de comunicação social e que o facto de uma parte crescente das receitas publicitárias reverter para os meios de comunicação baseados na Internet constitui uma fonte de preocupação para a imprensa escrita,U. Considerando que a nova paisagem dos meios de comunicação social é dominada por serviços públicos estabelecidos e por fornecedores privados, V. Considerando que, nos últimos tempos, os casos de colisão entre a liberdade de expressão e as convicções religiosas e de outra natureza adquiriram maior relevo, W. Considerando que o nível de literacia mediática dos cidadãos da União Europeia é inferior aos níveis desejáveis e que a sensibilização para a necessidade de literacia mediática é muito limitada, 1. Insta a Comissão e os Estados-Membros a salvaguardarem o pluralismo dos meios de comunicação, a assegurarem o acesso de todos os cidadãos da UE a meios de comunicação social livres e diversificados e, quando necessário, a recomendarem melhoramentos; 2. Sugere, neste contexto, a criação de um provedor da comunicação social independente em todos os Estados-Membros; 3. Saúda os esforços envidados no sentido da elaboração de uma carta da liberdade dos meios de comunicação social e da sua aceitação em toda a Europa;


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4. Sublinha a necessidade de instituir sistemas de acompanhamento e de observância do pluralismo dos meios de comunicação social baseados em indicadores fiáveis e imparciais; 5. Concorda em que o pluralismo dos meios de comunicação social deve ser medido em cada Estado-Membro individualmente, 6. Salienta a necessidade de as autoridades comunitárias e dos Estados-Membros assegurarem a independência jornalística e editorial através de garantias jurídicas e sociais específicas adequadas, bem como de os proprietários dos meios de comunicação social seguirem as melhores práticas de cada mercado em que operam; 7. Propõe a introdução de taxas proporcionais ao valor comercial do conteúdo gerado pelo utilizador, bem como de códigos deontológicos e condições de utilização para os conteúdos gerados pelos utilizadores em publicações comerciais; 8. Congratula-se com o dinamismo e a diversidade que os novos meios de comunicação social trouxeram à paisagem mediática e incentiva o uso responsável de novos meios, como a televisão móvel; 9. Sugere a clarificação do estatuto, jurídico ou outro, dos blogues e incentiva a sua classificação voluntária em função das responsabilidades e interesses profissionais e financeiros dos seus autores e editores; 10. Recomenda a inclusão da literacia mediática nas nove competências básicas e apoia o desenvolvimento do currículo essencial europeu para a literacia mediática; 11. Incentiva a divulgação da propriedade dos meios de comunicação, a fim de tornar mais claros os objectivos e os antecedentes do editor; 12. Incentiva os Estados-Membros a garantirem que a aplicação do direito comunitário da concorrência aos meios de comunicação social, bem como à Internet e ao sector da tecnologia da comunicação, facilita e promove o pluralismo dos meios de comunicação social e a tomarem as medidas adequadas sempre que a concentração da propriedade tenha um impacto negativo nesse pluralismo; 13. Recomenda que os regulamentos que regem os auxílios estatais sejam aplicados de forma a permitir que o serviço público de comunicação social cumpra a sua missão num contexto dinâmico e, simultaneamente, a evitar que a concorrência desleal conduza ao empobrecimento da paisagem mediática; 14. Encarrega o seu Presidente de transmitir a presente resolução ao Conselho e à Comissão, bem como aos governos e parlamentos dos Estados-Membros.


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EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS


Desde o início de 2004, o número de Estados-Membros da UE quase duplicou. Assegurar a convergência de normas para a protecção da democracia e das liberdades fundamentais nos mais elevados níveis actuais constitui um dos maiores desafios pós-alargamento.
Neste contexto, o relatório saúda todas as iniciativas tendentes a salvaguardar a democracia e sublinha que os meios de comunicação social continuam a ser um instrumento político consideravelmente influente, que não deve ser abordado numa perspectiva meramente económica.
O relatório reconhece a decisão da Comissão Europeia de confiar a definição de indicadores fiáveis e imparciais do pluralismo dos meios de comunicação social a um consórcio constituído por três universidades europeias. Além disso, o relatório salienta a necessidade de instituir sistemas de acompanhamento e de observância baseados nos indicadores assim determinados. Os provedores para a comunicação social são considerados uma componente necessária dos sistemas.
O relatório reconhece ainda os esforços actualmente envidados por representantes dos editores e dos jornalistas com vista à criação de uma carta da liberdade dos meios de comunicação social. O relatório sublinha igualmente a necessidade de garantias sociais e jurídicas para jornalistas e editores.
O relatório defende a adopção, pelas empresas multinacionais, das melhores práticas de liberdade editorial e jornalística dos países em que operam, ao mesmo tempo que expressa preocupação em relação ao facto de estarem a ser aplicadas nos Estados-Membros que aderiram à UE em 2004 e 2007 normas menos exigentes. O desenvolvimento e a aceitação de novas tecnologias deram origem a novos canais mediáticos e a novos tipos de conteúdos. A emergência de novos meios de comunicação social conferiu mais dinamismo e diversidade à paisagem mediática; o relatório encoraja a utilização responsável de novos canais.
Neste contexto, o relatório sublinha que o estatuto não definido e não indicado dos autores e editores de blogues causa incerteza em relação à imparcialidade, fiabilidade, protecção das fontes, aplicabilidade dos códigos deontológicos e atribuição de responsabilidades em caso de acção judicial.
Recomenda a clarificação do estatuto jurídico das diferentes categorias de autores e editores de blogues, bem como a divulgação de interesses e a classificação voluntária dos blogues.
O relatório reconhece a prática generalizada, entre as publicações comerciais, de utilizar conteúdos gerados pelos utilizadores, contra pagamento de uma taxa nominal, e os problemas de privacidade e de concorrência que daí decorrem. Recomenda que os não profissionais sejam remunerados proporcionalmente ao valor comercial que geram e que sejam aplicados códigos deontológicos para proteger a privacidade dos cidadãos e das figuras públicas.
O relatório reconhece os desafios que a migração das receitas de publicidade para a Internet colocam à imprensa escrita, mas salienta que a nova paisagem mediática comercial é dominada pelos fornecedores de conteúdos estabelecidos, públicos e privados. Considera ainda que a concentração da propriedade dos meios de comunicação social está prestes a atingir níveis a partir dos quais o pluralismo dos meios de comunicação social deixa de ser

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assegurado pelas forças do mercado livre, principalmente nos novos Estados-Membros.
O relatório reconhece que, para cumprir a sua missão, o serviço público de comunicação social carece de uma parte de mercado considerável e estável, mas insta-o a, no seu próprio interesse, evitar a concorrência desleal e a batalha pela parte de mercado. Salienta que, embora em alguns mercados o serviço público de comunicação social seja o principal operador do mercado, na maior parte dos casos, não dispõe de financiamento adequado e sofre pressões políticas.
Por último, o relatório reconhece a necessidade de aumentar a literacia mediática na UE, recomenda a inclusão da literacia mediática nas nove competências básicas e apoia o desenvolvimento do currículo essencial europeu para a literacia mediática.

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Ainda na regulamentação dos blogues...


Distribuem-se selos de garantia !

Adenda: Não se acanhem. Peguem quantos selos acharem necessários. É de borla!

domingo, 5 de outubro de 2008

Tradições sangrentas





Matança das baleias nas Ilhas Feroe, Dinamarca



Tourada, briga de galos, briga de cachorros, outros exemplos de tradições a não se perpetuarem.

Recebi hoje um e.mail da minha irmã Madalena, desses que correm o mundo, mas com conteúdo, alertando sobre um costume cultural praticado na Dinamarca. Neste caso a perpetuação de um estúpido costume cultural em pleno Séc. XXI, praticado em uma região autônoma da Dinamarca, as Ilhas Feroe.

Fiquei tão impressionado com as imagens deste e.mail que fui pesquisar o tema na rede. E confirmei o que vinha nele. Que a matança das baleias é anual e tem como objetivo festejar a passagem dos adolescentes para a fase adulta.

Festeja-se ali o ser adulto, matando, deixando o mar vermelho de sangue de baleias que a natureza fazem com que naquele período se reúnam em grandes cardumes na costa daquela ilha. Quando ali chegam, crianças são liberadas das aulas, adultos vão para as praias e incentivam os seus filhos a mergulharem e a matar. Tudo em nome da tradição!

Na minha pesquisa acabei também descobrindo um endereço para se assinar uma petição contra esta tradição. Vá por aqui, se quiser assina-la!

A Dinamarca tem a sua tourada anual, com centenas de vítimas em um só dia!

Relacionei esta loucura com as touradas, por serem também estas uma tradição cultural que não cabe perpetuar. Como não cabe perpetuar a briga de galos no Brasil e em outros lugres; como não cabe perpetuar a briga de cães em várias partes do mundo; como não cabe perpetuar tanta tradição por este mundo afora, como as guerras concebidas nos tempos das cavernas...

Fonte das Imagens:

Caçada das baleia: recebi via e.mail, mas estão identificadas nas fotos.

Tourada : Site Pelos Animais

Briga de Galos : Blog JC Notícias

Briga de cachorros: Jornal Livre

sábado, 4 de outubro de 2008

Regulamentação dos blogues

Fonte da Imagem: Frenesi
Faz algum tempo que apareceu um debate sobre a necessidade de se regulamentar os blogues. Manias que me parece que começaram ali pelos Estados Unidos, mas que ultimamente em Portugal aumentou-se o tom e ganhou por lá alguns defensores, que parecem mesmo quererem pousar de “vanguarda”.
Justificam a necessidade desta regulamentação por serem os blogues um meio de comunicação social, e como tal, normas, regulamentos no pessoal.
Há quem não concorde, pois vê nos blogues um lazer, uma forma de estar nas horas vagas, algo similar aos velhos diários de adolescentes mais românticos.
Na verdade quando um e outro se colocam nestes dois extremos já estão ambos errados, porque há de fato os blogues para as horas vagas, como é o caso do meu, o caso de crianças que desenvolvem a sua criatividade com as suas interessantes estórias e interpretações infantis – imaginem só regulamentar estes blogues! – e existem também os blogues de gente profissional, ligada a instituições jornalísticas que estão hoje vinculadas a grandes empresas “web”.
Quererem regulamentar blogues da criançada e /ou adolescentes, é querer ser mais infantis do que eles próprios. Quererem regulamentar blogues com o perfil do Lanterna Acesa, que não tem nada de profissional, que por mais que esteja através desta fenomenal rede mundial deixando as minhas visões de vários temas,... - podem mesmo chamar a isto de comunicação social, pois a rede deve mesmo ser o mais socializada possível, como o telefone o é, e deveria ser mais, e teve um impacto tão grande quanto a internet em questão de facilitar a comunicação entre as pessoas quando a descoberta do Graham Bell foi colocada em prática – ...vão regulamentar o quê? Tentarem substituir os meus pais naquilo que não me conseguiram fazer ser um bom menino? Se eu falhar com as leis vigentes no país onde pago os impostos, que a polícia caia em cima de mim.
Já para os jornalistas e/ou cronistas ligados a instituições empresariais, já têm eles os seus sindicatos para os regulamentar, além dos seus patrões para os chatear, pressionados pelos seus clientes.
Como diria um velho tio: “Meus queridos, vão dar uma volta!
05/09/08 - Deixei um comentário no
on the road again do chamuar Carlos Gil, no post chamem a polícia... que eu não pago! , que achei aqui reproduzir. Interessante é que quando dei o "enter" no meu comentário, lá estava, ainda quentinho, um comentário de um dos defensores lusos da tal regulamentação. O gajo estava chateado com o posicionamento do Carlos Gil. Defende ele o direito à diferença, mas parece que fica chateado quando os outros pensam diferente dele. Mas o comentário que lá deixei, trancrevo então, abaixo:
Eu ainda ando atrás do que este pessoal anda mesmo querendo. Se será autopromoção, censura regulamentada, ou são aqueles que não sendo jornalistas profissionais, ou pseudo jornalistas/ cronistas frustrados, atingiram nos contadores de visitas dos seus blogues um número que para eles é razoável para regulamentar uma nova profissão, remunerada ou com potencial de remuneração, e que para isso haja um orgão que defina o que é ser um bloguista (blogger!) e as suas obrigaçoes morais perante a sociedade...

Dia do...



Hoje se comemora o Dia Internacional do Professor, data da ONU.

Aproveito para homenagear a S’tora Madalena.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Lanterna Acesa em boa companhia


Fui, há semanas atrás, entrevistado pela simpática Micheliny Verunschk, e foi editada esta para fazer parte de uma reportagem denominada “As Grandes Navegações”.

Esta reportagem está inserida no tema “Histórias de deslocamentos”, da Revista Continuum de Outubro, que trata da migração, um assunto instigante
Fiquei realmente muito feliz com as companhias que a Micheliny / Continuum me colocaram:
Uma Brasileira nas Arábias... , da Patrícia Amorim

A Era do Gelo, da Paula Mazulquim

A Saloia, da Mary Pereira

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

MV Faina






Visões obtidas de embarcações americanas

O que terá o MV Faina além do que já nos foi dito? Afinal, em 2008 já foram 62 navios atacados na costa africana, 26 deles seqüestrados, sendo que 12, incluindo o Faina, ainda em poder dos sequestradores. As embarcações e mais de 200 tripulantes reféns.

Dizem-nos que no Faina existem 33 tanques T-72 russos, rifles, munições para estes rifles e para os tanques além de outros apetrechos.

O Quênia já confirmou que comprou este armamento da Ucrânia, mas ouviu-se uma versão que o verdadeiro destino da carga seria o Sudão, país que está sobre embargo da ONU. Os americanos dizem temer que estas armas vão parar não mão de rebeldes da Somália. Se tivessem a caminho do Sudão, talvez a preocupação não fosse tão grande. Talvez nem uma nem outra seja a verdadeira preocupação!...

Controvérsias de um mercado pouco transparente. E ainda mais opaco fica quando se sabe que o único país que vinha se mexendo contra estes seqüestros, principalmente executados por somális, era a França, e exatamente neste, sem aviso prévio, americanos estão com seus navios em vigilância para garantir que a carga não seja desembarcada e para dar segurança aos tripulantes. Os russos também mandaram para lá uma fragata de guerra com a justificativa que temem pelos tripulantes russos.

E para ficar mais assustador, a Somália autoriza as Forças Internacionais atacarem o Faina por acreditarem que estes têm direito de tentarem encerrar o seqüestro.

Que legal! E os outros 11?