quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

+ 1 dizer...


"Quem mexe com o fogo acaba fazendo xixi na cama."

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Lutar contra o racismo, e não alimentá-lo.


Tem-me preocupado algumas posturas no combate ao racismo no Brasil, e me sintonizei em muito com a crónica do António Paim, no "Estado de São Paulo", com um ou outro porém.

Se aqui sempre tivemos a mania de importar tudo dos americanos, dos modismos aos inimigos, parece que até na forma de lidar com o racismo queremos fazer o mesmo.

Me preparava para escrever algo sobre as cotas para negros ou descendentes de negros (mestiços, pardos (!)) para entrar na faculdade quando achei que devia antes reproduzir esta crónica para um dia destes escrever então algo mais específico sobre o tema.

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Discutir e condenar o racismo emergente

Antonio Paim

Entre nós, a discussão substantiva de certos temas deixa muito a desejar. Atribuo a circunstância a certa acomodação com o patrulhamento ideológico, vigente em áreas da universidade e instâncias do governo, notadamente da educação. Essa acomodação pode ter resultado de duas coisas: reconhecimento da inutilidade do gesto ou graças à "cortina de ferro" que se tem conseguido estabelecer em torno daquilo que incomoda.Não parece muito difícil verificar que o patrulhamento hoje é igual ou maior do que o que existia em 1978, há 30 anos, portanto, quando a censura a um texto de Miguel Reale, na PUC do Rio de Janeiro, provocou grande celeuma, refletida no título do livro que editei, reunindo artigos dos dois lados - Liberdade Acadêmica e Opção Totalitária: um Debate Memorável (Artenova, 1979). Desapareceu mesmo foi a discussão pública.Chamo a atenção para esse aspecto com a intenção de evitar que se construa uma cortina de silêncio em torno das teses apresentadas por Antonio Risério em A Utopia Brasileira e os Movimentos Negros (Editora 34, 2007). Acham-se extremamente bem documentadas e são as seguintes: os atuais movimentos negros renegaram a tradição da abordagem do assunto, que, no Brasil, estava centrada na questão da cor. O máximo que se pretendeu nessa matéria consistiu em recomendar o branqueamento, que não deixava de ser uma capitulação diante da mistura, da mescla, da miscigenação. Mais importante que essa advertência é a comprovação de que se trata simplesmente de macaquear modelo alienígena.Transcrevo: "Não devemos desconhecer a realidade em que nos movemos. Não devemos ceder à tentação das fantasias fáceis, dos truques ideológicos, dos artifícios jurídicos, dos maniqueísmos simplificadores. Não devemos nos contentar com a transposição mecânica, para a realidade sociorracial brasileira, de discurso político-acadêmico em vigor nos EUA, cujas história, formação e situação são radicalmente dessemelhantes da nossa experiência como povo e nação. Pelo contrário: temos de recusar o imperialismo cultural norte-americano, que pretende universalizar os seus modelos e os seus particularismos. E temos de partir de nós mesmos. É por isso que insisto que não temos nenhuma forte razão para substituir o rico espectro cromático brasileiro pelo rígido padrão racial norte-americano - ainda mais que, nos EUA, cresce a mobilização em favor do reconhecimento social da existência de mestiços, com um número cada vez maior de pessoas reivindicando a inclusão da categoria mixed-race no censo (e no senso) da nação. De outra parte, acho que não devemos perder muito tempo fazendo essas comparações. Esclareçamos as coisas básicas e, depois, o melhor é deixar os EUA de lado - e nos concentrarmos em nossos muitos e urgentes problemas. Mas o certo é que ninguém vai entender o Brasil se não encarar, em toda a sua abrangência e complexidade, os fenômenos fundamentais da mestiçagem e do sincretismo" (edição citada, pág. 411).Risério procurou reconstituir toda a discussão em torno da escravatura, inclusive a noção (perdida) de que a sua aceitação não se limitava à "classe dominante", sendo inclusive prática existente e reconhecida entre os próprios escravos. Essa recuperação se estende ao movimento abolicionista. A contribuição dos africanos à nossa civilização se acha suficientemente valorizada, sem embargo da ênfase na falta de sentido de deixar de proclamar que a descendência reconhece (e proclama) ser brasileira.Detém-se também no que denominou "movimentos negros hoje", buscando recuperar antecedentes imediatos esquecidos. A transição da tradicional classificação da população, como sendo de cor, para denominá-la "negra", se encontra fartamente documentada e discutida. Denuncia com propriedade a falácia de seus defensores ao afirmar que estariam passando do "biológico para o político" como "artifício ideológico para neutralizar ou encobrir o fato genético, a mistura de genes". A conclusão é a seguinte: "O racialismo neonegro, que vinha há tempo conseguindo algum espaço no governo federal, deixou o entrincheiramento burocrático e se instalou abertamente na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, desde a posse de Lula."A substituição do nosso comportamento tradicional pelo modelo norte-americano introduz em nosso meio postura nitidamente racista. Não se trata, como adverte Risério, de negar a existência de preconceito entre nós. Mas de destacar que corresponde a preconceito de cor, condenável enquanto convicção individual. À sociedade compete impedir que se transforme em discriminação, que só poderia resultar de uma ação coletiva, o que, aliás, nunca houve no País. Não se tem notícia da existência de algo parecido com a norte-americana Ku Klux Klan.O que me parece mais grave no racismo de tais movimentos consiste em que as políticas que têm conseguido obter correspondem a equívoco funesto. A médio e longo prazos, trarão prejuízos definitivos tanto a instituições como a indivíduos. É óbvio que a obtenção de títulos acadêmicos, mediante ingresso na universidade por meio de cotas, disseminará indevidamente a pecha de incompetente a pessoas que, sendo bem dotadas, poderiam alcançá-los sem benesses. Quanto ao acesso à universidade dos que, por dificuldades econômicas, não tiveram condições de se preparar de forma a enfrentar a competição, a política adequada consiste em proporcionar-lhes bolsas que lhes permitam ingressar pela porta da frente.


Antonio Paim é presidente do Conselho Acadêmico do Instituto de Humanidades. Site: http://www.institutodehumanidades.com.br/


Fonte da imagem: Revista Espaço Acadêmico

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Provérbios

Na falta de tempo produtivo para o blog, por excesso produtivo com o fim das férias, só uma mensagem, via provérbio. Tenho que dizer que não é este o meu preferido, embora por vezes também real.


"Me diz com quem andas que te direi quem tu és!"




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domingo, 27 de janeiro de 2008

Meu nome não é Johnny

Ontem foi o dia de ir ver um filme nacional, com dois dos maiores atores brasileiros das últimas gerações, que são o Selton Mello e a Cleo Pires. Ele dá um show neste filme. Quem viveu as décadas de setenta , oitenta e até noventa, mesmo que não continuamente, no Rio de Janeiro, ao assistir o filme acaba por encontrar nas personagens, principais ou secundárias, alguém que um dia conheceu. Não por acaso o filme é rodado em cima de relatos de alguém que os viveu.
Meu nome não é Johny tem a realidade da classe média envolvida com o tráfego de drogas no asfalto, fora dos morros (favelas) cariocas.
O filme tem a realidade de quem vê a droga a partir da parte baixa da cidade, mas na parte média alta da piramide social, nas baladas, até que um dia cai no mesmo buraco de um traficante comum, peixe pequeno na malha, que além de vender se faz usuário. Vende para manter o seu vício, mas também vende para manter o ritmo da balada, da festa.
O pior de tudo é sair do filme se sentindo um tanto reacionário por se torcer que o João Estrela, que não é Johnny, mas é do asfalto, pegue uma pena pequena quando cai nas garras da justiça...justiça, é,... que para alguns tem um peso e para outros um pouco mais...
Mas até por nos deixar em estado de reflexão, vale a pena ver este que para mim é uma das melhores produções brasileiras.


sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

O primeiro passo é não destruir e dividir...

Em tempos de grandes encontros de adultos, onde ganhadores de Prêmios Nobel discursam e poucos agem, recebi de uma amiga, a Margarida Ricardo, um e.mail com um anexo onde me enviou um discurso de uma criança de 12 ou 13 anos no então encontro da ECO 92 no Rio de Janeiro.
Vale realmente a pena rever o que a Severn Suzuki tentou dizer ao mundo nesse dia. Digo "tentou" porque fica claro que o mundo não a ouviu.


quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Eu sou a lenda.

Não sou fã do gênero de filme de terror, o inverso do meu filho que se encontra de férias escolares e que trabalhou a minha consciência para ir consigo ver o recém lançado, no Brasil, “Eu sou a Lenda”, pois o mesmo sendo recomendado para maiores de 14 anos e o Filipe com os seus 11 anos só poderia ir acompanhado com alguém maior de 18 anos. E aí que o irresponsável fosse eu... Li a sinopse do filme, acabei concluindo que a história não seria tão complicada para a cabeça do Filipe, por mais que pudesse haver cenas mais pesadas.
Lá fomos ontem de tarde, já que também estou curtindo com o mesmo uns dias de férias.
“Eu sou a Lenda”, com Will Smith no papel central, e na minha avaliação em um excepcional desempenho, com um papel "secundário", mas importante na trama, da brasileira Alicia Braga em uma correcta participação, acabou por me surpreender positivamente.
De negativo, a entrevista infantil no sentido de tentar explicar o objetivo de uma vacina por uma cientista que acabara de participar da descoberta da cura do câncer (cancro). Vacina esta que depois como efeito colateral começa a dizimar a população do planeta, sendo que parte dela mesmo que atingida não chega a morrer, mas transformam-se em seres com características “vampirescas”, pois não podem ter acesso à luz, e atacam durante a noite uma minoria que por algum motivo não é afetada pelo vírus. Em Nova Iorque o único sobrevivente, o Coronel / cientista Neville, na companhia da sua cadela Sam, luta pela sobrevivência e paralelamente pela cura dos infectados.
Se o filme é de facto de terror, tem um bom enredo, um grande impacto visual de uma Nova Iorque abandonada, efeitos visuais sobre medida, com um grande resultado final.
Adaptado do romance de Richard Matheson e direção de Francis Lawrence.


segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Hugo Chávez e as FARC

Imagem: montagem de fotos do Google



Hugo Chávez, o caudilho venezuelano, tem claras aspirações a líder latino americano tipo herói além fronteiras. Para tal as recentes propostas de alterações da legislação venezuelana, felizmente para a democracia da região derrotada em plebiscito pelos venezuelanos, tentavam formalizar os seus objetivos. No seu Artigo153, dizia o seguinte: “Art. 153 Criação de um espaço geopolítico dentro do qual os povos e os governos de nossa América possam construir um só projeto supranacional, a que Simón Bolivar chamou uma Nação de Repúblicas.” Ou seja, para cumprir a sua legislação haveria, por obrigação, ter que interferir na política dos seus países vizinhos.
Recentemente caiu nas mãos do mesmo a negociação de reféns das FARC – Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. É claro que é sempre bom ver reféns, com ou sem sobrenomes, serem libertos, mas até então não sei exactamente como surgiu a idéia, e porque, de convidarem o Chávez para intermediar tal negociação. Porque escolheram a dedo duas personalidades para serem o alvo das negociações? Que parceria estará nascendo entre as FARC e Hugo Chávez? Não esta havendo aqui só uma movimentação e demonstração de boa vontade das FARC, porque de outra forma não seqüestrariam novos reféns logo após libertarem as duas vítimas de algumas centenas que já têm na mão... libertação e demonstração de boa vontade como resultado da intermediação do Chávez !...
Há que se ter um pé atrás com as informações que vêem da terra do Tio Sam sobre o Chávez, mas de lá apareceram agora notícias que em 2007 diminuíram as apreensões de forma substancial de produtos do tráfego de cocaína em terras venezuelanas (tráfego este em muito alimentado pelas Farc na região), embora algumas boas refinarias tenham sido ainda desmanteladas no país.
Hoje surgem notícias que parte do armamento usado pelas Farc e da ELN têm como origem a Venezuela, embora não se possa acusar Chávez. Poderá haver aí a tal corrupção conhecida nos militares da Venezuela ou em outras estruturas governamentais e não governamentais do país.
Para ajudar, surge o Chávez solicitando que a Europa e o USA retirassem as FARC das listas de grupos terroristas em conseqüências do acto de boa vontade pela libertação das reféns Clara e Consuelo. Isso já depois das mesmas FARC terem logo em seguida terem feito um novo seqüestro...
Chávez está virando, no mínimo, o garoto propaganda da FARC, e as FARC fazendo o mesmo das senhoras Clara e Consuelo.
Mas é claro que Chávez não acredita que o seu potencial esteja só para menino propaganda...os outros é que deverão ser meninos propaganda e meios de atingir os seus objetivos além fronteiras

sábado, 19 de janeiro de 2008

Por um, vários pagam...

Hoje, dia 19/01/08, tive que tomar a iniciativa de deletar dois comentários colocados por pessoa anónima, pensa ele, enviada de Lisboa, com o IP 81.193.2.# (Telepac - Comunicacoes Interactivas, SA) com o único objetivo de relembrar os seus tempos de mercenário. Por este motivo terei que voltar a ter os comentários no modo "Moderado". Mas com toda a certeza só para controlar este tipo de animal com cabelo e jamais para controlar ou limitar comentários ou opiniões sobre as crónicas aqui colocadas.
Peço desculpas a todos por estas visitas que não temos como controlar totalmente.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Casa-Museu Teixeira Lopes


Hoje chegou aqui no 'Lanterna Acesa' um comentário de uma jovem de Vila Nova de Gaia, a Marta, referente ao post 'Escultor Teixeira Lopes'. Se o comentário todo me tocou, o que me faz transformá-lo em post, como forma de o destacar, foi a forma como a Marta descreveu a Casa-Museu Teixeira Lopes. Assim, dando destaque ao comentário, dou a oportunidade de outros visitantes lerem o que a Marta aqui nos deixa.

Obrigado e o meu abraço, Marta!


marta disse...


É maravilhosa esta coisa da internet...vejam lá tenho 23 anos e fico assombrada com as possibilidades que ela oferece.Não devia ainda ser assim pois não...Mas é espantoso: estava eu a pesquisar para um trabalho da faculdade sobre a casa-museu Teixeira Lopes, quando me deparei com o seu carinhoso texto. Sou portuguesa, vivo na cidade de Vila Nova de Gaia - para quem não conhece fica ao lado da grande e bonita cidade do Porto - pertinho da casa- museu Teixeira Lopes. Sim moro na cidade do escultor da dor humana, da beleza feminina e da inocente graça das crianças.E do Joãozinho. Por causa do trabalho passo a vida na casa do mestre. Se vier a Portugal não pode deixar de visitá-la: aquele espaço marca, não pela sua opulência, mas pelo encantamento, pelos passos do escultor, pela lógica de pensamento estendida como um tapete de folhas no Outono, a que a cada passo se ouve um som - a cada olhar se encontra uma (e)história. Por isso fiquei - como direi -alegre, ou mesmo absorta quando li acerca de um molde chamado Joãozinho.E devo dizer que a criança que tem, não está perdida, está simplesmente onde devia estar: refugiado ou preso no seu recolhimento é ente querido na sua estante de sonhos que o aconchega todos os dias.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Camel

Em 1976, quando não nos era fácil comprar um LP, quanto mais importado, eu e o meu irmão havíamos comprado um do Camel. Pouco depois aquele amigo mais velho, a quem chamavamos de "Loiro", pediu-nos emprestado e nunca mais nos devolveu, com a desculpa de que não se lembrava... Grande figura, devia ter fumado mais do que eu na Praça do "Indio" no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro.

Ainda assim a música do Camel sempre ficou vinculada para momentos de relax, de manter a cabeleira da década de 70 sem balanços. Eram momentos de reflexão ou de simples encontros de sons com o intuíto de os identificar sem os desagregar.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Cheias...



Moçambique / Brasil
Fonte das fotos: PÚBLICO.PT (Moçambique) e Portal MAratimba (Brasil)



Ao ler notícias sobre as cheias em Moçambique, pensei em fazer um paralelo da tragédia moçambicana com a que se vem passando no Brasil, em especial no estado de São Paulo.
Acabei por deletar o texto quando tinha ainda poucas linhas por já me mostrar que não há como se fazer paralelos de tragédias, ou porque temos situações sociais diferentes, embora em planos terceiros “mundistas”, ou porque temos condições geográficas diferentes nas regiões mais atingidas ...
O que pude perceber é que se levanta em Moçambique a possibilidade das cheias que por lá chegam ainda não estarem no seu pico e que podem mesmo virem a ter níveis piores do que as que aconteceram em 2000 / 2001. Coloca-se mesmo a possibilidade que os níveis das cheias venham aumentando nos últimos anos, mas não se sabe ainda dizer se é uma tendência ou um ciclo.
Casualmente, ou não, as chuvas que se precipitam na região do Estado de São Paulo estão acima da média dos últimos 15 e 40 anos, dependendo das micro regiões atingidas. Também é por aqui período de chuvas e de enchentes, termo mais usado por terras brasileiras, mas o volume de água que tem caído estes dias é muito grande.
Se é o “El Nina”, se é o planeta que está ficando quadrado, ... que é difícil de brigar com e prever a natureza, é...mas sabendo que existem alguns ciclos a serem repetidos, com mais ou menos intensidade, haveriam os governos envolvidos estar mais comprometidos com programas preventivos, em especial quando temos inúmera população em regiões hidrográficas e geograficamente localizadas que as deixam mais prepostos a este tipo de tragédia.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

"A Arte em Moçambique", na visão colonial de 1966 - Parte V


E o Professor Alberto Feleciano Marques Pereira continua na introdução do seu “A Arte em Moçambique”, editado em 1966, com seu discurso do Portugal além mar.

As previsões do Professor do Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina, onde os seus conhecimentos em biologia humana não se confirmaram como um bom exemplo para o que acreditava para a política Ultramarina, nem perto vingaram. E ainda mais longe ficaram pela resistência intelectual de lógicas defendidas por personalidades vistas até então nestes “discursos” aqui transcritos. Abaixo, a sua pequena aula de biologia... desculpem, de Política Ultramarina:

MOÇAMBIQUE – PORTUGAL


Há quem pense que nos deteremos ante ameaças de povos sem história nem tradição, que não pertencem à nossa Casa e, por isso, se obstinam em desacreditar-nos...
Para sairmos dela seria preciso que fôssemos arrancados à força, um por um e de cada vez.
Mas, não...
Vivos ou mortos os portugueses sempre deram que fazer à cobiça alheia...
Vozes longínquas, sem vontade nem ânimo; facções negativas sem convicções nem moral; povos sem tradições nem glória não constituem perigo nem afronta para ninguém...
Removerem-nos...Seria pretender deslocar um bloco de granito com mãos débeis de crianças...
A estrutura das diferentes partes do corpo que formam a biologia humana e a diferenciação dos vários órgãos que consolidam a estrutura individual não impedem que seja o mesmo o sangue que corre pelas veias e artérias e alimenta por igual todo o ser.
Também nos compartimentos e nas várias dependências de uma casa, o tecto não deixa de ser igualmente comum a todos os utentes.
O que se torna necessário é que cada familiar ofereça o melhor da sua contribuição em trabalho e esforço e em decisão e vontade. É o que conta para a união, firmeza, progresso material e espiritual do Lar.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

"A Arte em Moçambique", na visão colonial de 1966 - Parte IV


Vice-Almirante Sarmento Rodrigues
(Fonte da imagem: Site da Biblioteca Nacional)

O Vice- Almirante Sarmento Rodrigues foi Governador da Guiné, Ministro das Colônias, quando da reforma administrativa de 1951 passou a Ministro do Ultramar e depois Governador Geral de Moçambique no período de 1961 a 1964.
Lembro-me que o meu Pai tinha certo respeito pela pessoa Sarmento Rodrigues, mesmo que representassem naquelas épocas linhas ideológicas um tanto adversas. Houve um episódio na história do jornalista GL, quando o mesmo estava totalmente envolvido com a fundação do jornal “A Tribuna”, sem salários em dia, metido em dívidas, que o então Governador Geral de Moçambique, o Vice Almirante Sarmento Rodrigues, a mando de alguém, oferece-lhe um cargo de diplomata no Malawi como uma forma clara de afastar o GL da empreitada de fazer acontecer um jornal independente que prometia cutucar o sistema de então. A resposta foi imediata e clara: Diga a “eles” que não aceito, e que não me vendo nem à direita e nem à esquerda... Mas, Sr. Gouvêa Lemos, é isso que lhes devo dizer? Ao qual GL, retrucou: Se é isso eu não sei, mas que é isso que eu estou lhe dizendo, é!


Mas voltando ao livro “A Arte em Moçambique”, na visão colonial de 1966, aproveitou o autor do mesmo uma colocação do Sarmento Rodrigues, transcrita na obra, para desenvolver um pouco mais o seu raciocínio:

Mãe Pátria

Nativo que sou da Europa, o meu espírito não está preso a nenhum Continente, porque se formou na consciência de uma Pátria de muito maiores dimensões.

Sarmento Rodrigues


Mãe Pátria, transcendente expressão que abrange as terras de Portugal, que consubstancia a sua unidade intrínseca e melhor define os laços morais e afectivos entre portugueses – seus filhos!... É identidade indestrutível de sangue que através de séculos, prende no mesmo corpo, o Minho ao Algarve, a Guiné a Timor...
O espírito filial é semente que aqui se desenvolve e fortifica continuamente...
Mãe Pátria não é, pois, simples expressão vernácula, embora de forte e significativa ética, mas algo menos consentâneo com alheamentos ou abdicações da menor de quaisquer das suas parcelas, porque representa a materialização dessa consangüinidade eterna, na carne da mesma carne e no espírito do mesmo espírito.
Por isso, nenhum português não se considera verdadeiramente nativo da terra onde nasceu ou se criou, mas filho de uma Pátria de muito maiores dimensões, que se chama Portugal.

AVe Maria!

Embora seja costumeiro dizer que não somos ninguém para criticar o próximo, é sempre interessante observar o comportamento das pessoas. E na verdade não concordo muito com essa de que não somos ninguém para criticar o próximo. Acho que somos sim, que podemos, por vezes até devemos, seja a crítica positiva ou negativa, ainda mais quando a crítica está relacionada aos actos e não aos olhos bonitos ou menos bonitos dos envolvidos nos actos.
Como não sou santo, não gosto de algumas pessoas, ou não me afino com a postura de algumas pessoas. Não tenho nenhum problema com que as pessoas pensem diferente de mim sobre algo, mas não aceito é que trabalhem com o objetivo de prejudicar terceiros ou a mim, principalmente de forma anônima. E no meio “virtual” – se é que isso de virtual existe – houve uma fase da minha vida onde houve um grande azedume no relacionamento entre algumas pessoas, onde parte mostrou uma postura das mais pobres e porcas quando comparo ao que entendo como princípios da boa educação e de ética. Muita gente foi envolvida por essas mesmas pessoas, não fui a única “vitima”.
O interessante é ver hoje gente estruturando sites sem se incomodarem com quem coopera com o envio do material, tendo como justificativa maior o produto final, o conteúdo do site. Mas isso é pouco. Tem uns sites, que dizem os seus autores serem locais de pesquisa, onde transcrevem basicamente material já conhecido na internet. Estes dois sites a que me refiro, os quais não vou aqui divulgar o nome, pois não merecem promoção prévia, são de responsabilidade de pessoas que os mesmos sabem bem a classificação que lhes dou. Já há um tempo atrás aqui divulguei uma entrevista à Rádio de LM do Jornalista Gouvêa Lemos, na década de 70 e ambos reproduziram a mesma nos seus espaços, identificando com “muita correção” a fonte do material. Agora um deles vem reproduzindo o material que aqui venho colocando como título "A Arte em Moçambique", na visão colonial de 1966, também identificando a fonte. Talvez devesse eu ficar feliz pela propaganda à Lanterna, mas não consigo entender, e nem de gostar, ao ver como pessoas que fazem e desfazem deixem de levar em conta qualquer coisa para atender um único objetivo que é o de ter material no seu “índice Moçambique e de Bibliografias” mais recheado!... E ainda virão falar de conceitos de imparcialidade, de democracia e de bons costumes, mesmo que por vezes, e muitas vezes, trabalhem também no manto do anonimato, usando-se das mais baixas e vis formas de ferir o próximo e para poderem ficar fora de todos esses lindos e sofisticados conceitos defendidos nos seus espaços formais.
AVe Maria!

domingo, 13 de janeiro de 2008

A Minha Bloguista


A Isabella Oliveira do Chuinga, a Minha Bloguista, como carinhosamente a trato, avisa que vai tirar o pé do acelerador e mudar o ritmo. Fala em possivelmente mudar de blog, para algum que não esteja estigmatizado com a obrigatoriedade de atender os seus “e-leitores” diariamente. Talvez saia do Chuinga e vá para a Pastilha Elástica, quem sabe!...não, nada de apontar culpas com questões de traições com as origens. Como o outro diria, nada contra nem a favor, muito pelo contrário. Não me importo nada que a minha bloguista mude de título, de ritmo ou tantas outras coisas mais. Afinal, da mesma forma que não escrevo todos os dias, e nem estou preocupado com isso, também não leio todos os blogs que gosto todos os dias. Há períodos que até sim, outros menos, outros bem menos, mas nunca com complexos de culpa. O que não pode a Chuinga, ou a IO, ou a Isabella, ou melhor dizendo, a Minha Bloguista, deixar de ter o espaço dela para que eu e muitos mais possamos continuar a ler as suas estórias e histórias com a sua escrita tão própria, doce quando envolve família e amigos, cortante quando como crítica social, culta no seu discurso genérico.
Não me preocupa esse novo plano de vôo, desde que ele te faça feliz e ao mesmo tempo nos vá mantendo felizes com a possibilidade de te ler, de estar perto de ti.

E quando alguém me convencer que se “desaprende” a andar de bicicleta, vou então começar a achar que podes ter alguma razão em dizer que precisas de reaprender a escrever.

Um beijo, minha bloguista!

Filhos não crescem aos olhos preocupados dos pais

A flor para Sofia.
(Fonte da imagem: BibVirt)

Esta quinta-feira a minha filha mais velha, a Sofia , já nos seus 22 anos...o que são 22 anos para um pai? Afinal foi ontem que a vi no berçário. Não percebi que tenham passado os tais 22 anos ou 22 anos não é de facto um período representativo para um pai....
Sim, mas chegou a Sofia do trabalho nesta quinta-feira com uma má disposição e inclinada para o lado direito, se queixando de dores um pouco acima da virilha desse mesmo lado. A mãe, sempre elas, que são mães há tanto tempo quanto nós somos pais, mas parece que nessas coisas são sempre mais experientes que nós, já foi dizendo; Me parece ser uma apendicite.
Para encurtar, em menos de meia hora estávamos no hospital, na sexta-feira, após alguns exames complementares, a Sofia já havia passado pela cirurgia e “estripado” a apendicite inflamada, e no sábado à tarde já tínhamos a filha em casa, cheia de beijinhos do irmão mais novo.
Sim, reforçado o amor entre os quatro que fazem o recheio cá de casa e ainda mais clara fica a atitude da minha Mãe quando eu estava com uma simples gripe já nos meus 40 anos de idade, quando ela se preocupava e tratava-me como se eu tivesse não sei quantos aninhos... ou talvez como um filho como qualquer outro que não cresce aos olhos dos pais.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Blog Espumadamente

Começo a me aperceber que a ida ao Espumadamente começa a ser para mim mais rotina do que antes.
Pena é que hoje ao lá chegar encontro um post dedicado a alguém que ironicamente propõe aos terroristas que façam ameaças semelhanças às que fizeram ao Rally Lisboa-Dakar com o intuito de virem a mandar para o espaço o campeonato Mundial de F1! Assim não vale! Já as más línguas dizem que o Alonso e a MacLaren teriam algum envolvimento com os terroristas e haviam tentado já em 2007 com novas estratégias esse mesmo objetivo, mas que para os amantes do esporte, onde me incluo, felizmente não deram certo.
Contudo, e evidente que com satisfação, para me dar menos trabalho, o link do Espumadamente passou a fazer parte das minhas “Outras Estradas”.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

"A Arte em Moçambique", na visão colonial de 1966 - Parte III

(Clique sobre a imagem para melhor visualizar)

Quem no livro representou a Igreja Católica, eu diria que pelo lado direito e como braço direito de um sistema fascista e colonialista, foi Dom Custódio Alvim Pereira, então Arcebispo de Lourenço Marques. Se tínhamos verdadeiros heróis na Igreja Católica que em muito se envolveram no apoio à população menos favorecida nos tempos de colônia, também tínhamos uma Igreja de braço dado com o colonialismo. Abaixo o registro de Dom Custódio no livro "A Arte em Moçambique", editado em 1966:


A VOZ DA IGREJA


O livro que agora se apresenta ao público do Continente e do Ultramar é daqueles que honram a nossa cultura e o Autor.

Quis este que figurassem no início da Obra algumas palavras da Autoridade máxima da Igreja Católica, em Moçambique. E porque isso não diz respeito à minha pessoa mas à Igreja que tenho a honra de servir nestas queridas terras da nossa África, aqui estou a marcar presença. Presença que é de há séculos; que se tem afirmado nos tempos difíceis e nos de prosperidade; presença que deseja ser, sobretudo hoje, activa e eficaz, em todas as manifestações da vida em Moçambique.

A transformação que o mundo de nossos dias está atravessando não pode ter bom termo se não for alumiada pelos valores do espírito. São estes que a Igreja Católica vem afirmando e defendendo, aqui, como em toda a parte. Também neste século que há-de deixar que falar, Ela está marcando a sua presença na vida religiosa, como na cultura e na evolução social, à custa de não poucos sacrifícios. Mas estes, digo-o com orgulho, são a glória e a coroa de quantos trabalhamos nestas terras da África Oriental, por Deus e pela Pátria.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

"A Arte em Moçambique", na visão colonial de 1966 - Parte II

(Clique sobre a imagem para ler o texto anexo)
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Voltando ao "A Arte em Moçambique", na visão colonial de 1966, não poderiam de ter deixado de dar voz ao então Governador- Geral da Província de Moçambique, General José Augusto da Costa Almeida. Interessante como em um livro que teóricamente tem como foco a arte é usado claramente como ferramenta política, neste caso pela continuidade colonialista em pleno Séc. XX.

Abaixo, o depoimento do então Governador de Moçambique:


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RAZÃO DE SER...


É preciso conhecer o Ultramar para se ter uma idéia exacta da verdadeira grandeza do nosso País.

A descontinuidade do território e a distância a que se situam as diversas parcelas que o constituem foram, durante muito tempo, a causa de não apenas os estrangeiros mas os próprios nacionais desconhecerem, práticamente, as Províncias de Aquém-Mar, tendo delas fixado apenas alguns nomes e contando algumas histórias mais ou menos fantasistas. E muito prejudicial foi, sem dúvida, a ignorância em que se viveu acerca do nosso Ultramar.

A facilidade e rapidez das suas comunicações com a Metrópole e com os territórios vizinhos, os numerosos visitantes nacionais e estrangeiros que chegam com freqüência cada vez maior, o súbito interesse de algumas nações estrangeiras por problemas que só a nós dizem respeito, tudo tem contribuído para que o Ultramar passasse para a primeira linha das certezas e Moçambique seja uma das mais promissoras parcelas do mundo português.

Acordado o interesse da Nação para a riqueza e potencialidade dos seus territórios ultramarinos, onde, uma laboriosa população se afirma por obras e por actos como genuinamente portuguesa, herdeira das qualidades que fizeram a grandeza do nosso passado e que são a garantia do nosso futuro, Portugal canaliza para as terras de África muitos dos recursos, na certeza de que as suas fronteiras dilatadas pelo valor indomável dos seus filhos, estão muito longe do Minho e do Algarve, e que é aqui, no Ultramar, que é preciso consolidar a independência nacional e defender a civilização cristã, uma e outra ameaçadas por desmedidas ambições e por falsas ideologias.

Tenho para mim que um dos melhores serviços que se podem prestar a Moçambique é justamente tornar cada vez mais conhecida, tanto de nacionais como de estrangeiros, essa admirável Província. É por isso que, como português e como moçambicano que muito me prezo ser, não posso deixar de saudar com simpatia a presente publicação do Professor Alberto Marques Pereira, que, visando o conhecimento de Moçambique, presta ao mesmo tempo, sem sombra de dúvida, um inestimável serviço a Portugal.

José Augusto da Costa Almeida
General

domingo, 6 de janeiro de 2008

"A Arte em Moçambique", na visão colonial de 1966


Estava eu dando uma relida na velha edição de “A ARTE EM MOÇAMBIQUE”, 1966, de Alberto Feleciano Marques Pereira, Professor do Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina, há época.
O rever o livro é o interesse na arte que ali está registrada, e a história que nela é contada, seja através de esculturas, pinturas, poesia, monumentos como igrejas, fortes ou mesmo outros tipos de edifícios, e relatos.
Sem nenhum espírito de revanchismo, até porque não seria eu que o deveria ter, ainda assim não se consegue deixar de observar algumas afirmações que só mentes extremamente colonialistas podiam fazer. Afirmações hoje quase patéticas, que me desculpem a terminologia os ainda defensores das terras portuguesas além mar.
Vou aqui, nos próximos dias, transcrever algumas destas afirmações registradas neste belo exemplar de arte, mas não tão sábio quanto à visão tacanha sobre um território que já derramava sangue pelas injustiças que por lá vinham se plantando em nome de uma pátria de alguns. Com tempo, estarei também reproduzindo algumas das imagens do livro, com a devida vênia.

Hoje estarei mostrando a forma relativamente leve com que o autor do livro escreve as primeiras linhas para fazer a introdução e justificar o tributo.


"À mais bela Urbe da Província,

À cidade de Lourenço Marques, cujos brasões são o símbolo imperecível da descoberta e soberania portuguesa em todo o vasto litoral oriental de África,

À terra em que me criei e me eduquei, que é minha pelo coração e pelo espírito...

Este modesto contributo pessoal para um melhor esclarecimento do valor do seu patrimônio espiritual e material."
.
* O brasão acima está na mesma página do texto transcrito.

F1 2008

Fonte da imagagem: Site UOL
A Ferrari apresentou o seu F2008. A baratinha vermelha deixa sempre um arrepio na espinha para quem gosta de automobilismo. Bonita está; agora é ver se tem melhores resultados em pistas de "baixa" velocidade, o grande ponto fraco do cavalinho italiano no ano passado.
Na apresentação dos novos carros das equipes começa a largada do certame, e a torcida fica principalmente que seja este um campeonato da ética, que faça nos esquecer 2007.

Festa no Chora que logo Bebes


A Madalena, do Chora que logo Bebes, coloca-nos hoje em clima de festa pelo seu aniversário. Uma única vez ela tentou-me fazer chorar quando ameaçou não mais nos dar de beber das suas crônicas, das mais doces, dentro do amargo que a vida que ela por vezes até mostra, que leio nos blogs que visito. Um beijo grande de parabéns, pelo teu aniversário!
E como presente, invertido, de aniversariante para os que cantam os “Parabéns para você”, podia a Madalena nos dar o motivo do título do seu blog; por que “Chora que logo Bebes”?

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Cof, cof...





Houvesse um golpe de estado em Portugal não se falava tanto nele quanto como da recente lei sobre onde se deve e não se deve fumar!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

O retorno do Canguru...

Fonte da imagem: Blog Choachibata


Um grande chamuar, dos tempos de tenra juventude, ele mais velho, da geração dos manos mais velhos, mas que apreciou alguns mesmos e bons "pôr de sol" na retunda de Vila Pery e idas ao Café Elo 4 nos idos da década de 70. Um chamuar que depois acabou nos encontrando em uma calçada (passeio) na mega Rio de Janeiro e que por lá convivemos por algum tempo. Ele, a mulher Lena e a filha foram por um tempo cariocas em uma das minhas melhores épocas de Brasil, mesmo considerando a ferida aberta da recém partida de Moçambique e de uma ainda ditadura patente em terras brasileiras.

Pois é manos GL, falo do Gondola que me apareceu aqui fazendo este comentário:

Anônimo disse...
e incrivel as voltas que o mundo da, e aquilo que chamamos coincidencias. fiquei abismado ao dar com ese blog, que me fez lembrar tod uma familia que sempre gostei. sou luis lopes (gondola)e gostaria de contactar com todos vos.vivo na australia desde que sai dai.meu email e luislopes56@hotmail.comciao saudades de todos
1 de Janeiro de 2008 00:30

Campanha contra propagação da AIDS entre homossexuais

Fonte da imagem: Site do Estadão


Há organizações que estão criticando fortemente a diferenciação quando demonstram homossexuais ou heterossexuais em anúncios devido ao caso do cartaz da campanha contra a propagação do vírus da AIDS entre homossexuais recém censurado na França pela Associação de Profissionais por uma Publicidade Responsável.
Mas ainda questiono um pouco mais. Se fosse este cartaz com duas mulheres lindas representando uma relação homossexual, também teria sido ele censurado pela tal associação?

Sim, deixem-me dar a justificativa para tal censura. Seria o cartaz muito explícito!
.
Como complemento ao post, coloco hoje (03/01/08) a propaganda da Chevrolet que passa nas telinhas brasileiras e pergunto-me se a associação francesa também a consideraria muito explícita ou se seria uma questão de roupas...


terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Escultor Teixeira Lopes

Quando nasci já estava em uma das prateleiras da sala de casa esta escultura de uma criança. De alguma forma acabou por se tornar um companheiro que nunca me chateou, nunca me deu conselhos...sempre me ouviu calado e com atenção, mesmo que mostre na sua postura estar no seu mundo, recolhido nas suas angustias.
A Mãe contava-me que era uma escultura, ou um molde, feito por um amigo dos pais, meus avós, muito conhecido e reconhecido como um dos maiores escultores portugueses de todos os tempos, um tal de Teixeira Lopes. Nunca me agarrei a esse facto, mas sempre me agarrei a este Joãozinho. Sim, acabei por lhe dar nome e de Joãozinho o “batizei”. Ainda era viva a minha Velhota quando ela me deu de presente este Joãozinho e o tenho sempre em lugar de destaque. Hoje o Joãozinho me faz conversar com a minha infância, me faz relembrar alguns dos tetos em que vivi com os meus pais.
Um dia destes fui pesquisar o Teixeira Lopes na internet e dentro de algumas coisas bastantes interessantes encontrei a Casa – Museu Teixeira Lopes, site vinculado ao Portal do Município de Gaia.
Fiquei com a sensação que esteja em minha casa uma criança perdida e que talvez até tenha casa!