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Lembrou-me o
Jaime do ForEverPemba que faz um mês que surgiu a história do plágio da capa do livro "Lied para Yonnis-Fred e Maelle", de Rafael da Conceição, editado pela gráfica da UEM. O tal plágio feito dentro da própria gráfica, pois teria sido também editado o livro que usurpou a arte da capa em questão na mesma editora. Mas pelas perguntas que o Jaime deixa no seu
post, no ForEverPemba, parece que também haverá uma outra editora, esta sul-africana, envolvida na edição do livro usuário de capas alheias.
Isto de não sabermos a verdade, clara, sem rodeios, nos faz viajar em todas as possibilidades, até possivelmente em coisas piores das que a própria vergonha de se conviver com o plágio sem se dizer uma palavra.
Fico de queixo caído como não consegui ver nada na imprensa moçambicana sobre este caso. Talvez também ache a imprensa que seja este um caso sem importância, que nem "mortes" causou. Talvez só a morte de jornalistas seja um facto jornalístico, ou a explosão de um paiol. Os conceitos respeitáveis e a falta deles nem se deve discutir, não são importantes. Questões éticas não devem ser motivos de preocupação. As mortes, estas sim, só estas, pois afinal estas roubam espaços urbanos para sepultar os cadáveres. O resto, parece que já nasce morto, dentro das instituições do estado e de quem teria força para questionar essas instituições. Como se por trás de mortes de facto não houvessem antes desvios de moral e de ética.
O Rafael que não se rale com a arte da sua capa, e quando escrever o próximo livro que faça um trabalho de pesquisa, talvez na própria UEM ou na internet, e use a idéia de um terceiro. Não gaste a sua criatividade à toa. É pura perda de tempo. Só vá com um certo cuidado. Não vá plagiar um plágio. Não vá que o primeiro plagiador se sinta ofendido!