Nascimento de Dorival Caymmi - Compositor (1914)
terça-feira, 29 de abril de 2008
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Campanhas de Moçambique em 1895
O primeiro, bastante na moda, é o exemplo vivo de que a língua é viva, pois se todas as cartas transcritas nas 400 páginas do mesmo, algumas mais formais, outras nem tanto, são claramente entendíveis, mas criaram algumas risadas ao meu filho de 11 anos quando lhe mostrei como eram escritas algumas palavras em português no Séc. XIX, português inclusive que tem o mesmo na sua grade escolar como matéria, e não o brasileiro, língua não existente, como é sabido. Sim, também tem na grade escolar a língua inglesa, mas não sei lhes dizer se os livros são didáticamente revisados por britânicos ou americanos.
Ainda assim não tive coragem de levantar com o miúdo, gúri, puto, piá, o tema "Acordo Ortográfico". Tive receio que o mesmo não viesse a entender que houvesse mais de uma forma de se escrever a mesma palavra na mesma língua e que existam pessoas que acham que ainda assim está tudo certo. Como explicar para ele que não é uma questão de termonologias ou de sotaques. É mesmo quase que fazer-lo acreditar que seria certo acharmos que para alguns povos lusófonos fosse ainda coerente se escrever farmácia com "ph" porque era assim que Camões escrevia.
domingo, 27 de abril de 2008
Uma corrente, um elo...

Como disse quem me “mimou”, a IO, lá vai o copy / paste das regras da corrente:
- Dizer 6 coisas que não se importe de fazer ou de ter.
- Colocar o link da pessoa que o "mimou".
- Colocar as regras no blog.
- Desafiar 6 pessoas, deixando um comentário nos seus blogs
Não me importo de quebrar correntes, nem que as quebrem quando sou eu as lhe dar mais um elo;
Não me importo de ter na garagem de casa um carro velho, desde que tenha mais de 20 anos de uso, e me leve aos lugares que quero;
Não me importo de perder umas horas matinais de um domingo em troca de umas horas de sono a mais;
Não me importo de ser antipático, se assim for necessário para deixar transparentes os meus posicionamentos;
Não me importa não ter nenhuma paixão pela águia, lagarto ou pelo dragão. O Urubu carioca apagou-me da memória o torcedor de tempos de infância;
Não me importo de amar.
E os seis elos que coloco à corrente, e que me desculpem eles, mas que levem em conta o meu “primeiro não me importo”, o JoãoTunes, o António Oliveira, o Jaime Gabão, o Espumante, Eugénio Almeida, e o Paulo Granjo, com quem nunca troquei uma palavra mas a quem também tem-me agradado bastante o ler.
sábado, 26 de abril de 2008
Parabéns Portugal!
A minha homenagem fica para o povo português por ter conseguido, ainda que com alguns movimentos de minorias barulhentas, a continuidade da liberdade em 26 de Abril de 1974 até aos dias atuais.
Parabéns Portugal!
quinta-feira, 24 de abril de 2008
Há que democratizar a nossa democracia!

A ditadura do poder econômico dentro de uma acomodada população democrata é evidente no nosso dia a dia, mas quando aparece quantificada em estudos sérios parece que fica ainda mais assustadora. Os números vistos e analisados tiram-nos da anestesia que a auto-defesa nos cria.
Um resumo de um estudo feito pela ONG Nossa São Paulo mostra a seguinte distribuição de verbas da prefeitura e de infraestrutura de uma das maiores cidades do mundo:
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1- O volume de recursos que chegam aos bairros (subprefeituras) mais ricos chegam a ser 4 vezes maiores do que de que os que chegam aos bairros mais pobres:
a. Subprefeitura de Pinheiros - bairro com maior orçamento per capta – R$ 126,59;
b. Subprefeitura de Capela do Socorro – Bairro com menor orçamento per capta – R$ 31,43;
c. Subprefeitura de Pinheiros - 245 mil habitantes divididos por 32 km2;
d. Subprefeitura de Capela do Socorro - 645 mil habitantes em uma área de 134 km2;
2-Leitos de hospitais disponíveis por subprefeituras:
a. Média geral da cidade de São Paulo – 2,84 leitos por cada 100 mil habitantes
b. Melhor média – região da Sé (região central) – 18,64 leitos por 100 mil habitantes
c. Pinheiros – 12,53 leitos por cada 100 mil habitantes
d. Campo Limpo – 0,2 leitos por cada 100 mil habitantes
e. Existem regiões que chegam a zero leitos!!!
3- Escola / horas aula
a. Em bairros mais pobres, o ensino fundamental é divido em três turnos/dia de 4 horas para atender mais alunos. O turno intermediário das 11:00hs às 15:00hs é conhecido pelo “turno da fome”;
b. Nos bairros mais ricos a carga horária é de 6 horas, dividida em dois turnos/dia;
4- Dizem os responsáveis pela ONG que fez o estudo, que não é mero acaso, e a gente sabe disso, que estas estatísticas onde identificam o baixo nível de infraestruturas (baixo investimento público), encontram-se os altos níveis estatísticos , como:
a. Piores indicadores de criminalidade juvenil
a1. A subprefeitura nobre de Vila Mariana é o que tem o menor nivel de morte violentas – 10,19 por 100 mil habitantes
a2. Já a subprefeitura da Casa Verde / Cachoirinha tem um índice de 174,92 mortes violentas por 100 mil habitantes.
Comentário: Um dos responsáveis pela ONG, sr. Pereira, compara os índices dos bairros ricos aos índices de países desenvolvidos, e os dos bairros pobres ao de países em guerra.
Há que democratizar a nossa democracia!
*Ano base da estatística: 2006.
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Adenda: Se tiver interesse em ver outras avaliações, visite o site da Nossa São Paulo.
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Enquanto uns falam, outros fazem!

Vá até ao blogue Pululu do Eugênio Almeida e leia na integra (quase) o que ele escreve sobre a nova Universidade que vem aí no nordeste brasileiro e outras decisões do governo deste país no que diz respeito à CPLP.
Negritude

- Fonte da imagem: Site UOL
terça-feira, 22 de abril de 2008
Tremeu o chão...
Fonte da Imagem: CeticismoAberto
Será? Segurei o notebook como se ele fosse a prova do que estava sentindo. Invadiu-me um sentimento de angústia. Não sei se foram décimos de segundos ou se segundos de tremor, mas sei que a angústia perdurou por mais tempo. Não me caiu a ficha da possibilidade de um tremor de terra, de 5,2 graus Richter. Fiquei com receio de algum problema na estrutura do prédio.
Perguntei à minha mulher se havia percebido algo, e obtive uma resposta negativa. Passou a minha angústia a passear pela possibilidade de uma crise, leve, de labirintite, algo que já tive no passado e não gostaria de vir a ter novamente...mas não, não era exactamente a mesma sensação. O “note” tremeu entre as minhas mãos, ao meu colo, tenho quase a certeza disso!
Passados uns trinta minutos dá no Plantão da TV Globo a notícia de um tremor de terra sentido na cidade de São Paulo e outras cidades no Estado de São Paulo. Chamo a Cristina para acompanhar a notícia e completo: Daqui a pouco volta o plantão para completar a notícia e informar que o tremor também foi sentido em Curitiba, Paraná.
Mais uns minutos, e a notícia mais completa diz que o tremor foi sentido em cidades dos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
Talvez estupidamente, as minhas angústias foram indo embora junto com o tremor, com o encontro dos fatos reais que felizmente não trouxeram conseqüências maiores, nem para os meus, nem para o restante da população da região atingida.
segunda-feira, 21 de abril de 2008
Nação Rubro-Negra perde técnico para Nação da RSA
O técnico brasileiro indicou um outro brasileiro para substituí-lo e os sul africanos toparam.
Perde o meu Flamengo que recebeu o Joel Santana (foto) pela quarta vez, com a torcida cheia de dúvidas, mas que acaba por tirar o Mengão da faixa de rebaixamento do Nacional de 2007 e o leva para a terceira colocação em um campeonato dificílimo, coloca-o já na final do Campeonato Carioca de 2008, e tem o rubro-negro em uma boa e crescente campanha na Taça Libertadores (sul-americano de clubes).
O Joel só fica até ao fim das duas rodadas contra o Botafogo (04.05.08), onde se definirá o Campeão Carioca 2008. Que este, o título, seja o presente que o Joel deixe-nos, à Nação Rubro-Negra, e que no fim do campeonato, com a faixa de campeão no peito, ou não, que a torcida faça a homenagem que o técnico Joel Santana mostra merecer.
Depois, torcer que a Seleção da África do Sul aproveite bem a competência e o espírito humano da figura carismática do Joel Santana, e torcer muito para que a diretoria do Flamengo tenha a competência para trazer um nome que possa bem representar a Nação Rubro Negra e a sua tradição.
sábado, 19 de abril de 2008
Os exilados estão chegando, e de quem é a culpa?

Faz alguns dias que um navio cargueiro chinês está tentando atracar no porto de Durban, (África.do Sul) sem conseguir.
Motivo: Está carregado com toneladas de armamento para o Zimbawe. Metralhadoras, bazucas, granadas, minas de todos os tipos, etc. ... e os sindicatos dos estivadores sul africanos com mais de 30 000 operários registrados, assim como o sindicato da Polícia, se negam a descarregar o navio e carregar os trens, e dar a segurança para o transporte que deve seguir para o Zimbawe.
Ambos sindicatos se negam a ajudar o governo do Zimbawe a gastar o dinheiro público em armas, num país onde a inflação de mais 300% por semana e taxa de desemprego de 70%, as prioridades de um governo justo deveriam ser outras. Nobre decisão vinda da base da população sul africana que mostra muito mais bom senso que o seu governo, que na pessoa do senhor Mbeki continua dizendo na TV ; " Não sei o que é que está sendo comercializado entre esses dois Estados independentes" (?!)
Não vamos esquecer que a China é o maior parceiro comercial da África do Sul.
Apesar dos USA e a Comunidade Européia, desde alguns anos que boicotam a vendas de armas para o Zimbawe, a China que massacra não só os Tibetanos, continua sendo a maior aliada de Mugabe.... não só na área das infra-estruturas e ajuda alimentícia, como o governo prepotente da China costuma pregar ao Mundo. Se alguma dúvida alguém tinha, agora essas toneladas boiando às margens de Durban, deixam claro as bases de "ajuda" que existem entre esses dois estados.
Não vamos esquecer que essas armas não são oferta da casa, elas serão pagas com a segunda maior reserva de platina do mundo, que os chineses estão sacando do Zimbawe na calada da noite há muitos anos.
O povo sul-africano se pergunta por que será que Mugabe precisa de tantas armas? Para atacar vizinhos ou para usar contra o seu próprio povo esfomeado e sedento por atravessar as fronteiras para os países vizinhos, em busca de segurança e emprego? Quem será o alvo final?
Por quanto tempo mais os governos vizinhos do Zimbawe vão fingir não ver a catástrofe humana à porta de casa?
Por quanto tempo mais, os governos vizinhos vão querer continuar cuspindo para cima? Diz a lei da gravidade, que a bisga não ficará suspensa no ar.
Talvez quando milhares de pessoas começarem a arrombarem a porta, atravessando as fronteiras com a trouxa e cuia na cabeça, enchendo as regiões fronteiriças de exilados com fome, é que esses governos coniventes com Mugabe perceberão que não têm a menor infra-estrutura para receber essa massa humana.
E aí o que farão os governos da Zâmbia, África do Sul e Moçambique? Colocarão velhos e crianças na cadeia como ilegais? Ou devolverão à força essas almas à ditadura de Mugabe? Nos moldes feitos com os judeus da segunda guerra mundial?
Espero que quando esse dia chegar, pois se nada se fizer contra, esses dias já se podem contar, que a lucidez política e o respeito pelos mais elementares direitos humanos prevaleçam.
A minha solidariedade para com os valores de ética e de humanidade, que deveriam estar sempre acima dos interesses financeiros, e que os povos do Zimbawe e Tibet também merecem.
sexta-feira, 18 de abril de 2008
Dia do ...
terça-feira, 15 de abril de 2008
Acordo Ortográfico II

Pontos de vista são pontos de vista, é claro, mas sem querer radicalizar, mas até talvez o fazendo, mas começando por respeitar a visão dos outros, o que não consigo é entender e visualizar é a divisão da Pátria tão bem retratada pela frase de Fernando Pessoa.
Não estou aqui defendendo padronizações de culturas, de importações ou proibições de importações de expressões regionais ou de se forçar sotaques de minhotos para os lisboetas, ou dos baianos para os gaúchos, ou entre angolanos e moçambicanos, ou cabo-verdeanos e portugueses. O que não consigo ver é toda esta gente a escrever este mesmo texto com códigos diferentes. Em formatos diferentes, tudo bem que cada um tem o seu estilo, mas em códigos diferentes só pelo respeito aos meus erros de português.
Se todos concordam que a língua tem vida e por isso evolui, o que é que, além de peneiras pontuais, sejam elas vindas de Portugal, do Brasil ou de outros países lusófonos, pode se sobrepor a se buscar uma padronização no código de comunicação, pelo meio da escrita, entre povos lusófonos? Raízes? Questões regionais? Questões culturais? E a língua portuguesa teve quantas origens? A base cultural que gerou esta língua passou a ser diferente ou vamos mesmo assumir a partir de agora um divisor de águas e acabar com a Pátria tão bem retratada por Fernando Pessoa e resumir o português à Península Ibérica, e fundarmos definitivamente o brasileiro, o moçambicano, o angolano e por ai afora?
Passaremos agora a dizer então que das "antigas línguas" lusófonas a que se menos fala é o português, para ser o brasileiro a ser a mais falada e talvez a de maior importância para integração entre alguns povos e algumas economias mundiais?
Acordo ortográfico envolve mesmo questões econômicas se os países envolvidos forem realmente sérios e estiverem a ver mais longe, em especial na parceria entre os países envolvidos no dito acordo, principalmente no campo de educação em todos os níveis, e não só.
A língua portuguesa é maningue nice, é mesmo massa, é do caraças, para não se aperceberem que o que se está a discutir é a ortografia e não questões culturais, a níveis regionais ou nacionais.
domingo, 13 de abril de 2008
sábado, 12 de abril de 2008
Um descuido presenteado!
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Acordo ortográfico
quarta-feira, 9 de abril de 2008
Tocha sem luz em São Francisco

Os manifestantes americanos pró Tibete deram uma lição não só aos governantes chineses, mas também, ou principalmente, à hipocrisia “bushiana”, neste caso representando muito bem grande parte de estados deste planeta.

sábado, 5 de abril de 2008
Coisas que impressionam

Caro Zé Paulo:
Você me pediu uma foto em que tivesse algo que me impressionou em minha viagem pela Patagônia.
Bom, estive pela região patagônica chilena e argentina. Posso dizer que tudo é muito lindo, que a natureza é realmente prodigiosa.
Mas, se é para apresentar um item apenas, como o mais impressionante, é o que está na foto anexa.
Trata-se de um pedaço de gelo, despreendido do Glaciar Upsala, no Parque Nacional Glaciares, Argentina.
Qual a razão? Quando se avista de longe um glaciar, bem como os pedaços que dele se desprenderam, vê-se aquela enorme massa de gelo e, como tal, muito branco. Ao navegar pelos lagos e, aproximar-se dos pedaços que se soltaram, a luz solar transforma o que antes era branco, em um tom de azul sem igual.
Gil
* O título deste post é o título que o Gil usou no e.mail que me enviou.