sexta-feira, 28 de março de 2008

Mau gosto, incapacidade de interpretação ou falta de sensibilidade?


Fonte da Imagem: Site Peabirus


Um Tio, muito querido, ao escrever as suas memórias homenageia o seu irmão com um capítulo.
A sua homengem retrata uma parte da vida do irmão, o jornalista Gouveia Lemos. Começa em uma passagem importante da sua vida profissional e pessoal, quando da fundação do jornal "A Tribuna", passando pelo "Notícias da Beira", mostrando o caracter do homem que foi GL, até à sua retirada de Moçambique quando veio a falecer no Brasil em 1972.
O relato forte de um irmão saudoso e orgulhoso, é sobretudo em cima de VIDA de um homem que acreditava na verdade.
Este texto, escrito pelo Tio Vitor G. Lemos foi reproduzido pelo "Jornal Savana" em fevereiro deste ano, com um tom um tanto político, no sentido de "bater" na forma como a Frelimo tentou sempre, na visão deste jornal, e de muitos, esconder um jornalismo de qualidade e de militancia anti-colonial no tempo colonial. Depois o artigo e o texto foram transcritos por alguns blogs luso-moçambicanos.
No entanto, o Zé Maria Mesquitela no seu espaço reproduz também o artigo, com uma chamada de mau gosto, sensacionalista e com toda a certeza mostrando pouca sensibilidade para interpretar a mensagem de quem escreveu o artigo, e em especial, de quem homenageou Gouveia Lemos.

A chamada do Zé Maria Mesquitela, ou para melhor entenderem, o link que colocou para a reprodução do artigo no seu AVM, foi: "1972 - A morte do Jornalista Gouveia Lemos"


Adenda: Lugares que prazerosamente já havia visto transcrito o texto do Tio Vitor, além, é claro, do texto que antecipadamente me foi enviado pelo próprio, e da edição do "Savana" na época:


4 comentários:

Anônimo disse...

Não preciso dizer mais nada não , a não ser que tenho orgulho de GL que me deu seu sobrenome , é bom ver em lugares certos por pessoas certas, sem hipocrisia. E orgulho dos irmãos de GL, e tio Vitor, obrigado por tão bonita homenagem a ele.

Beijo mano Tareca

Zé Paulo Gouvêa Lemos disse...

Beijo, Mana!

Madalena disse...

Fico emocionada com a parte boa desta saudade tão linda. Zê Pê eu lembro-me da Tribuna. Acho que tenho por aí uma página solta de um exemplar da Tribuna. Como tu dizes no comentário da Estrada Poeirenta, há bons e maus moçambicanos. Fico feliz de haver uma estrelinha que me indica os bons. Um abraço forte, muito moçambicano, muito de uma mamana, já que essa é uma das minhas referências da condição de mãe. e etc etc ficava aqui a noite toda a conversar contigo mas amanhã tenho escolinha cedo. Um beijinho.

Zé Paulo Gouvêa Lemos disse...

Minha querida Amiga Madalena,
Que bom vires aqui compartilhar a saudade, que sendo-a, só pode mesmo ser boa. O G.L. só nos deixou saudade. Moçambique idem, embora neste caso por lá tivéssemos passado coisas menos boas.
Mas afinal Moçambique sempre foi visto e sentido como se tivesse um vírus que nos tomasse de assalto e nos enfeitiçasse. Paixão por aquela terra, tivesse se nascido ou simplesmente tivesse se passado por lá, creio muito que pela energia da maioria da gente de lá. O problema é que nem sempre a maioria tem a força. Por vezes a minoria acaba por vencer. A minoria no passado estragou o que poderia ter sido uma transição inteligente. Depois de Junho de 75, de novo uma minoria, de posição e oposição, continuou estragando um Moçambique que merecia muito mais após as fissuras de um colonialismo tardio e reacionário, e como Estado, de sanguessuga.
Mas como um homem de fé, nos homens e em Deus, acredito que Moçambique haverá de ter os dias que a sua gente, em todo o seu território, merece.
Em uma avaliação fria, até já esteve mais longe. Que o vizinho Mugabe não faça muitos estragos!!!