Classificarem a poesia e a prosa do Jorge Coimbra, ou o próprio poeta do Chipangara como "saudosista", mesmo que em tom de elogio, é de um erro dos maiores.
O Jorge Coimbra tem uma prosa que nos faz voltar à infancia, à adolescencia, com um sentimento de saudade de tempos que não voltam, porque o calendário só anda para a frente, passados em Moçambique. Mas na sua obra jamais se lê a desqualificação do presente, em comparações soltas, sem avaliações históricas embasadas em factos reais e racíocinios coerentes, característica de qualquer saudosista.
Viajar pelo passado e sentir ou nos fazer, com grande competência, sentir saudadades do mesmo, está muito longe de ser um saudosista.
Visitar o seu blog, Chipangara ou Espangara, é um passeio poético pelo passado para alguns, mas não só, pois este poeta não vive só do "ontem", mas com toda a certeza nunca com o tom saudosista.
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