Surgem novamente vozes pelo mundo sobre a legitimidade, ou não, dos países onde a Floresta Amazônica faz parte dos seus territórios serem consideradas proprietárias da floresta em questão.
No passado, François Mitterrand, ex-presidente francês, e a ex-primeira-ministra britânica, Margareth Thatcher, já levantavam esta questão. Al Gore, quando vice-presidente americano, chegou a afirmar em 1989, "que ao contrário do que os brasileiros acreditam, ela não é prioridade deles, ela pertence a todos nós".
Desde os Séc. XVII e XVIII, quando ainda não se ouvia falar de aquecimento global, chegaram à Floresta Amazônica os primeiros naturalistas estrangeiros, americanos e europeus, para a estudar, para então ficarem entusiasmados com o potencial da região, alertando já na época a atenção do mundo para esta questão.
Na metade do Séc. XIX, um comandante americano, Matthew Maury, defendia a livre navegação internacional do Rio Amazonas.
Os Estados Unidos chegou a enviar uma embarcação, quebrando a soberania brasileira, para navegar pelo rio, em território brasileiro até Iquitos, no Peru, criando uma crise diplomática entre os dois países, Brasil e USA.
Mais tarde, em 1948, através da UNESCO, tentou-se por via da criação de um instituto, internacionalizar-se a administração da Amazônia, tentativa frustrada pelo Parlamento brasileiro.
Tínhamos, desde primórdios tempos, videntes sobre o aquecimento global ou cientistas, estrategistas, e empresários com uma visão clara do potencial da Floresta Amazônica?
Sem esquecer da importância desta Floresta para o Planeta, e a necessidade de melhorar a sua sustentabilidade, até porque o Hemisfério Norte já acabou com as que tinha, a frase que ouvi do novo Ministro do Meio Ambiente do Brasil, Carlos Minc, é o que posso e me apetece repetir:
“...quem questiona a soberania da floresta deveria passar por qualificações psicológicas.”
No passado, François Mitterrand, ex-presidente francês, e a ex-primeira-ministra britânica, Margareth Thatcher, já levantavam esta questão. Al Gore, quando vice-presidente americano, chegou a afirmar em 1989, "que ao contrário do que os brasileiros acreditam, ela não é prioridade deles, ela pertence a todos nós".
Desde os Séc. XVII e XVIII, quando ainda não se ouvia falar de aquecimento global, chegaram à Floresta Amazônica os primeiros naturalistas estrangeiros, americanos e europeus, para a estudar, para então ficarem entusiasmados com o potencial da região, alertando já na época a atenção do mundo para esta questão.
Na metade do Séc. XIX, um comandante americano, Matthew Maury, defendia a livre navegação internacional do Rio Amazonas.
Os Estados Unidos chegou a enviar uma embarcação, quebrando a soberania brasileira, para navegar pelo rio, em território brasileiro até Iquitos, no Peru, criando uma crise diplomática entre os dois países, Brasil e USA.
Mais tarde, em 1948, através da UNESCO, tentou-se por via da criação de um instituto, internacionalizar-se a administração da Amazônia, tentativa frustrada pelo Parlamento brasileiro.
Tínhamos, desde primórdios tempos, videntes sobre o aquecimento global ou cientistas, estrategistas, e empresários com uma visão clara do potencial da Floresta Amazônica?
Sem esquecer da importância desta Floresta para o Planeta, e a necessidade de melhorar a sua sustentabilidade, até porque o Hemisfério Norte já acabou com as que tinha, a frase que ouvi do novo Ministro do Meio Ambiente do Brasil, Carlos Minc, é o que posso e me apetece repetir:
“...quem questiona a soberania da floresta deveria passar por qualificações psicológicas.”
Mas em 2000, em uma palestra nos Estados Unidos, um estudante pediu ao político brasileiro, ex-governador do Distrito Federal, Cristovam Buarque, o que pensava da internacionalização da Amazônia, e ainda solicitou que a resposta fosse a visão de um humanista e não de um brasileiro. A resposta já foi uma palestra de humanismo, humanismo com um grande sentido de soberania, que tão bem cai nesta novo ciclo de internacionalização das riquezas alheias:
"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade. Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado. Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveriam pertencer ao mundo inteiro. Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar; que morram quando deveriam viver. Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa."
2 comentários:
ZP, bem dizes tu. Só acrescentaria, e porque não perguntar a quem pertence as reservas de água dos Alpes Suíços? As reservas de gaz e petróleo do Alaska americano, ou a reserva animal e mrcro organismos dos magrooves da Flórida? As toneladas de peixes das águas territoriais da China, Japão,Austrália,União Europeia, USA etc,etc...
Vamos resguardar a natureza e os pulmõese estômagos do mundo. Vamos baixar a poluição mundial e não só assinar os contratos de Kyoto, como também os cumprir.Talvez até deveria se criar orgãos neutros internacionais que controlem os governos com regiões vitais do mundo para a sobrevivência humana. No entanto que cada país cuide e faça a sua parte, sem interferir na soberania nacional de outros países.
A Amazônia pertence aos países da América do Sul da região amzônica.
Antonio Maria G.Lemos
Bem complementado, Tó Maria.
Um abraço do mwana.
ZP
Postar um comentário