sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Não ao fundamentalismo islâmico, sim à verdadeira espiritualidade de Maomé.

Fonte da imagem: http://www.iejusa.org.br/homenagens/grandesnomes.php

Crónica de António M. G. Lemos (em 3 partes)


1ª. Parte


Existem Dogmas que dependendo da região ganham ou perdem peso na sua (manipulada) interpretação. Se eles fossem debatidos em público, seja em escolas, universidades, e principalmente por órgãos de imprensa, muitas pessoas que não conhecem o Islã a fundo - seja porque não tem aceso a um exemplar traduzido para o seu idioma, seja por serem analfabetos, ou influenciados por outras religiões - jamais saberão dos direitos e deveres que Maomé lutou e pregou de verdade. Se nada se fizer contra o atual obscurantismo do islamismo, ninguém conseguirá cortar o gatilho da bomba pronta a explodir, que é confronto religioso.

Por exemplo no que diz respeito à Mulher e os seus direitos no Islã, apesar do Profeta ter dito que todo o islâmico sem exceção tem e deve exercer do direito de "sempre se aprimorar mais", são exatamente as mulheres que estão mais excluídas de tal direito de auto-consciência e respeito, garantido nos atos e pensamentos espirituais de Maomé.
Em algumas sociedades medievais antes do surgimento do Islã, era prática comum se matar as meninas e só deixar viver os homens, pois se via as mulheres como despesa. Até então as mulheres também não tinham direito a herdar, pelo contrário, muitas vezes eram repassadas como produto que fazia parte da herança que o falecido deixava. Foi o Profeta Maomé quem deu e defendeu o direito da mulher à vida, e o direito de herança, pois tal como o homem, ambos eram criação de Deus (Alah).

O mesmo acontece com a "circuncisão" feminina (corte do clitóris ) praticada em Àfrica e o apedrejamento das mulheres quando julgadas por infidelidade, que ainda hoje têm a sua prática erroneamente sustentada nas leis do Alcorão ou na "Sharia", apesar de tais práticas não serem mencionadas em nenhuma passagem do Alcorão, que esteja diretamente ligada aos atos e condutas do Profeta em vida.
Na verdade existe até uma passagem em que se conta que uma mulher, em frente de vários homens pediu ao Profeta o direito de se separar do seu marido porque o mesmo teria um "pênis adormecido". Enquanto os homens chocados com o termo usado pela mulher a olharam repugnados e críticos, o Profeta calmamente voltou-se para a mulher e lhe disse que se o marido não a podia satisfazer, ela teria direito de se divorciar dele. Imaginem quantas milhares de mulheres do mundo islâmico morrerão sem jamais tomarem conhecimento desta passagem do Alcorão.
Proibir a mulher de trabalhar e participar da sociedade tal como o homem, ou a obrigar a andar toda tapada como muitos fundamentalistas islâmicos ainda hoje exigem, é só mais uma deliberada manipulação dos Hadith em favor do poder patriarcal e político. No entanto se os fundamentalistas interpretassem a vida do Profeta corretamente, perceberiam que se ele escolheu Khadidja para ser sua esposa - uma poderosa negociante para quem ele havia trabalhado - prova que ele aceitava que as mulheres trabalhassem, negociassem e fossem até chefes. Na verdade foi Khadidja - uma Mulher - a primeira pessoa a se converter ao Islamismo.
A obrigatoriedade fundamentalista do uso de uma "burka" ou véu na rua todos os dias e a qualquer hora, é hoje tão absurda, como seria ir jogar futebol de calça e camiseta comprida, ou ir a uma igreja ou mesquita de biquíni.

Nenhum comentário: