sábado, 18 de outubro de 2008

Lula em Maputo


O meu Presidente brasileiro esteve no meu Moçambique, a terra que me viu nascer.
Em reunião com o Presidente moçambicano, Guebuza, o brasileiro Lula reclamou, na frente das câmaras e repórteres, da diplomacia brasileira, a qual estava ali representada pelo seu Ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, pela ainda não implantação da fábrica de medicamentos contra a Aids / Sida. Investimento que representa uma doação do governo brasileiro para Moçambique de uma quantia de 10 milhões de dólares, e que no teatrinho promovido pela diplomacia brasileira, com a justificativa do Celso Amorim que a demora (já lá vão 5 anos quando Lula esteve em Moçambique em 2003 e prometeu esta fábrica) se devia a um estudo sério para a instalação desta, ambos esqueceram de dizer que esta quantia a ser doada ainda tem que passar pelo crivo do Congresso brasileiro.
Talvez os atores momentâneos digam que a proposta da doação ainda não tenha sido levada para o Congresso devido ao projeto sério que fez que até então a promessa não tenha saído de um projeto de governos.
E é bom que seja de fato um projeto muito sério, para que seja implementado de forma sólida, com um conceito diferente como o habitual, quando parte do primeiro mundo, de se estar a enviar remédios para países menos favorecidos, e sim instalar neles tecnologia de ponta para que os próprios possam produzir e um dia deixarem de ficar dependentes de remessas eventuais e dependentes de liberações dos Congressos dos países doadores.
E falando em seriedade, é uma ótima notícia saber que se está abrindo um escritório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Moçambique. Não está claro para mim, além do aparente apoio na implantação da fábrica, quais os objetivos desse escritório, mas se dele iniciar-se uma troca de conhecimentos, e até mesmo de material de pesquisa, Moçambique pode ter a certeza que está abrindo as portas para uma instituição de pesquisa voltada para a saúde pública de grande gabarito, o que só poderá trazer grandes resultados benéficos para esta parceria.
Sei também que acompanharam a comitiva do Lula empresários brasileiros com interesses no comércio entre os dois países, mas não consegui obter informações em que áreas estariam ligados estes e como evoluiu o encontro dos mesmos com os empresários moçambicanos. Alguém poderia me matar esta curiosidade?

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