Em São Paulo
A tensão entre Colômbia, Venezuela e Equador se instala. Depois do ataque da Colômbia às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) em território equatoriano, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ordenou o fechamento da fronteira de seu país com a Colômbia. Na avaliação da cientista política Lucia Hippolito, colunista do UOL, a situação está "muito difícil". "Os lados estão todos muito acalorados, tensos. É preciso baixar um pouco essa poeira para vermos se há algum tipo de solução", disse.
Lucia observa que essa crise pegou os países envolvidos em momentos políticos diferentes. "Todos os envolvidos têm alguma coisa a ganhar com a crise, ou pelo menos acham que têm. O único que não tem nada a ganhar - pelo contrário, só tem a perder- é o Brasil", disse.Para ela, a invasão foi um cálculo político que o presidente colombiano Álvaro Uribe fez pensando no que poderia ganhar em popularidade. "Do ponto de vista interno, Álvaro Uribe e seus estrategistas entenderam que os riscos valiam a pena para colher um fruto importante, que é o consenso dentro da Colômbia para que ele faça a reforma constitucional", disse.Chávez também viu no conflito a chance de recuperar a "popularidade perdida", na opinião de Lucia. "Nada como um inimigo externo para dar aquela coesão patriótica dentro do país", disse. Já ao Brasil, onde há muitas décadas não há "um momento de tanta calma econômica e social", aponta Lucia, torce contra o conflito. "Tudo o que o Brasil não precisa é de uma turbulência nos países vizinhos. Não há nada mais inconivente para o Brasil agora do essa escalada de tensão no continente."Na avaliação da comentarista, a posição do Brasil nesses conflitos tem de ser muito firme. "É preciso chamar a atenção da Venezuela e do Equador para o apoio que esses países estão dando às Farc", disse.
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O negrito (bold) colocado por mim no último parágrafo é algo que creio que todos os brasileiros, e não só, de bom senso devem esperar dos representantes deste país. Inaceitável que o Hugo Chávez passe como sendo o grande comandante das FARC, com o apoio do Correa do Equador. Posturas como destes senhores, alimentam atos de "Uribes", com ou sem apoios de Tios Sans, de invadir o território de vizinhos com a justificativa de defender o seu povo das atrocidades de um grupo terrorista que não consegue entrar em sintonia com os vários governos que a Colõmbia já teve nos últimos 40 anos de existência aproximada das FARC.
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