terça-feira, 30 de outubro de 2007

Meras equações?


Tenho que admitir que às vezes me pego a autoquestionar se não me afligem certas posturas de gente menos importante, que por isso não deveria dar peso a certas atitudes vistas como menos importantes. Mas me coçam as mãos, porque antes me coçou a consciência, pois não consigo perceber menos importância entre um cidadão e um político, por exemplo. Afinal antes de se ser um político se é um cidadão. Da mesma forma não consigo ver menos importância entre um cidadão visto como comum, como um desconhecido da esquina, com uma personalidade como um artista “hoolidiano”,um artista da bola, um prémio Nobel, ou seja lá o que for, por mais que os impactos possam aparentemente ser maiores dependendo de quem vier a ter uma certa atitude. Mas elas, as atitudes, independem de quem venham, vão minando a sociedade, positivamente ou negativamente. Fico imaginando qual seria a diferença entre alguém acessar a minha, ou a sua caro leitor, conta do hotmail para de alguma forma nos atingir, seja para passar-se por nós e nos colocar perante terceiros em má figura, seja para nos dar um golpe moral ou financeiro, como tentaram dar, por exemplo, ao craque do futebol Ronaldinho Gaúcho (ver aqui) através da sua irmã. Qual seria a diferença, por exemplo, de um jornalista famoso plagiar uma crônica de um outro jornalista com de uma pessoa comum, com um espaço comum na internet, plagiando crônicas de outros bloguistas?
Sinceramente, não consigo ver diferença alguma. Tenho a certeza que o mal que um e outro fazem à sociedade é exactamente o mesmo. O mundo está mais quadrado do que redondo porque estamos muito para olhar o grande, esquecendo-nos que o que faz grande é a junção de células da sociedade, e que o núcleo destas células começam em cada cidadão do planeta. E o giro, digo giro para não ficar depressivo, é que este tipo de gente, que muitos acham que são pequenos e sem importância, e que na minha visão é também onde começam os males do ser humano, se fazem de desapercebidos, passam mesmo a acreditar no mundo que criam como algo fértil, e até me parece que conseguem à noite colocar a cabecinha no travesseiro e dormir que nem anjinhos.
Mas afinal, o que aconteceu? Perguntam a essa gente: Nada, é implicância de quem vê pequeno! Respondem os grandes caras de pau!

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