sexta-feira, 4 de maio de 2007

Fala Guebuza!

Foto: http://www.bbc.co.uk


"Meu Moçambique", que nos seus primeiros anos de independência teve como ministro do Interior um mau Guebuza, o intelecto dos campos de reeducação, hoje o atual Presidente de Moçambique, que aqui de longe não posso afirmar que ele vinha sendo tão mau na função atual, até que se mostrou extremamente inativo como cunhado no caso da explosão do Paiol Mahlazine, e que agora quer, ao que parece, reviver um dos lados mais negativos no processo pós-independência do grande Moçambique.
Falo da criação de grupos privados armados, com a capa de uma organização de sigla pomposa e longa, a «CNGVPM», Conselho Nacional dos Grupos de Vigilância Pública de Moçambique.
Os objetivos desta organização, ou associação, como estão chamando, seriam os de “apoiar actividades de prevenção e combate ao roubo, tráfego de drogas, armas de fogo e falsificação de documentos com envolvimento participativo dos cidadãos”. Terão estes homens, de uma organização cívil, o poder de prender cidadãos, e até de matar, já que terão o direito de uso de armas de fogo.
Não conheço suficientemente a legislação moçambicana para afirmar que isto não está dentro da lei, mas a lógica me diz que isto não pode estar dentro da lei. A lógica, ainda mais para um país que recém saíu de uma guerra cívil, me reforça ainda mais que o Guebuza não está nem mesmo bem para apoiar, incentivar tal associação, até mesmo de não vir logo a campo e acabar de vez com este surto.
Dizem os estatutos da tal associação que será criado um uniforme para a tal guarda, mas que também haverão os que trabalharão à paisana. Ai, ai, ai...Só falta criarem as figuras do “queixinhas” de novo, e criar-se novamente o clima de terror, do medo do vizinho que não gosta do teu filho e que pode criar um facto virtual para darem cabo da tua vida pessoal. Sabor de ranso! Sabor de coisa estragada!
Quero acreditar que o surto seja da mídia moçambicana, que está ouvindo coisas e escrevendo o que não deve, e por tabela eu tenha acabado por tomar um susto ao ler esta nova explosiva notícia, e que a democratização de Moçambique não corre qualquer tipo de risco por decisões incompetentes de um ex-mau-ministro do Interior.

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