domingo, 25 de março de 2007

Uma anedota coletiva?


O que acontece com os patrícios lá da antiga Metrópole? Estão mesmo na filosofia de que errou mas morreu pobre e por isso já merece o passaporte para o céu? A ditadura que o Salazar submeteu Portugal por algumas dezenas de anos atrasou a história desse pequeno território que um dia foi grande na história do povos!... Essa ditadura que matou, alimentou guerras, induziu portugueses a acreditarem que podiam e deviam continuar a estruturar as suas vidas em terra alheia, que o Ultramar era português e fez acreditar a muitos que tudo estava na conta da máquina de calcular contra os comunistas da União Soviética e afins e nada tinha a haver com a conta da máquina de calcular dos conceitos de exploração colonialista. Esse mesmo ditador, António Oliveira Salazar é colocado agora pelos próprios portugueses como o primeiro e maior de todos os portugueses de todos os tempos?
Isto é uma anedota coletiva de mau gosto ou os portugueses caminham para um 24 de Abril?

Fonte da imagem: Site Wikipédia

4 comentários:

Unknown disse...

Um beijão, boa sorte , que sejas feliz aqui tb. Duas temas reais e tristes. Mentalidades tristes. Com orgulho tua irmã
Tareca

Zé Paulo Gouvêa Lemos disse...

Obrigado, Tareca. Não sei se são mentalidades tristes ou se estão tristes estas mentalidades. Mas que o resultado é triste, isso é uma verdade.

IO!
Obrigado pela referência que já lá deixaste no Chuinga.
Adorei esse teu tributo ao António. De alguma forma conseguiste tirar algo do homem.

Beijos às duas.

Anônimo disse...

Não me interessam as escolhas, mesmo as de um pseudo-concurso(porque por votação),nem questiono (apenas os critérios)quem foi o vencedor da tal farsa-feita-programa-televisivo, para basbaques, a propósito de "grandes portugueses",(uma coisa que eu cá sei)...
E a escolha no "Botas", o ditador Salazar, não podia ser mais elucidativa. Em nome das vítimas da tortura e da censura políticas, do país atrasado e analfabeto, dos humilhados e estropiados da guerra colonial, e dos milhões de economicamente débeis e atrasados mentais do rectângulo à beira-Atlântico plantado. Uma escolha perfeita, acertadísisma aliás...e que testemunha, de forma indelével, a vergonha da democracia, para além da miserável tentativa de branquear a história e de evocação da longa noite colonial-fascista de quase meio século... Como somos pequeninos, muito pequeninos mesmo

Zé Paulo Gouvêa Lemos disse...

Grande Miguel!

Ter aqui um comentário teu é uma honra. Obrigado pela visita e fico aguardando um "post" especial aqui para o blog