O professor Luiz Felipe de Alencastro na sua análise na histórica decisão do povo irlandês, no seu não ao Tratado de Lisboa, caracteriza esta como golpe duro para UE de um dos países que mais foi beneficiado ao ser integrado ao grupo.
Avalia que dentro dos vários motivos que fizeram o povo irlandes tomar esta decisão, é a defesa do seu mercado de carne bovina, com o receio da concorrência do restante da europa, e mudanças na lei contra o aborto.
10 comentários:
como(ouço/li/sei lá como ou o quê) aí se diz no jogo do Bicho... deu 'zebra'!
Sim, deu zebra...
Zebra é realmente um termo usado pelos brasileiros quando um resultado é inesperado. Bastante usado em resultados esportivos, mas não só.
Mas Carlos, no caso do resultado do plebiscito na Irlanda não seria um tanto previsível? Cá para mim, se foi zebra não foi uma zebrona!
Grande abraço.
Zé Paulo
é nessa óptica que digo que deu 'zebra': 1º a Irlanda foi dos países que mais benificiou com a integração e ajudas da UE - em equipa que ganha mexe-se??? 2º a campanha pelo Não foi assente em princípios conservadores e, ao que por aí se ouve propalado, não é essa a corrente maioritária do país; 3º (mas aqui não tenho certezas e também não vou verificar) a participação no referendo foi de 40, 40 e poucos por cento. ora isso não valida o resultado, a não ser em "chapeladas" habilidosas, como cá se fez no último que houve.
porém isto é tudo irrelevante: já se cozinham 'n' soluções, desde repeti-lo (à moda do Quebec? insiste, insiste, até dar o resultado que interessa?) ou uma vasta panóplia de artifícios políticos que 'desbloqueiem' a problema deste 1º Não à 2ª versão da Const. Europeia.
sobre o tema lê a solução aventada pelo Lutz, blogger do "Quase em português". inteligente. a blogosfera é efectivamente uma mais-valia da sociedade moderna. podes fazer 'atalho' pelo João Tunes, que a ecoou - com dúvidas, mas qual a admiração? piores são as dúvidas que as paridelas dos políyicos profissionais, e elite deles, (nos) provocam...
abç (cedilhado, pelo sim pelo não lol)
Sim, a tua lógica até me parece correta. Incorreto é a lógica individualista dos povos, sejam eles caracterizados à esquerda ou direita, por uns ou por outros.
Sobre a participação popular no referendo, o dado que tenho é que chegou aos 54%.
Depois vou espeitar o post a que te referes.
Eu, no intervalo do jogo Brasil X Paraguai (eliminatórias 2010) e uma espreitadas no de Portugal (Versão II) X Suiça
calhou hoje dar com uma página que tinha o link para os resultados do referendo irlandês. fui lá ver: a abstenção foi de 53,13%... valha isso o que valha: cá, por exemplo, e embora a Constituição diga que 'nada vale sem 50% de votantes', deu-se-lhe a volta e o resultado 'não válido' foi tornado efectivo pelo Parlamento. bem, isso é outro história e já velha - embora os seus (maus) resultados venham nos jornas quase semanalmente. voltemos à Irlanda: quem votou foi minoria, embora neles tenha ganho por pouc o Não. é curioso comparar alguns resultados (cidades, zonas mais populosas, com os resultados ao referendo de 2001, Tratado de Nice...)
esqueci-me do link
http://electionsireland.org/results/referendum/refresult.cfm?ref=2008R
Carlos,
Olhando o site a que te referes, vi e/ou interpretei diferente do que aqui dizes. Os números que lá encontro, e se o meu "gringo" estiver a levar-me ao equivo alerta-me, são:
Eleitores - 3,051,278
Número de participantes - 53.13%
Votos válidos - 52.92%
A favor - 46.60% (752,451 votos)
Contra - 53.40% (862,415 votos)
Ou seja, a maioria dos eleitores votou, e dos que votaram a maioria foi contra ao Tratado de Lisboa.
Abraço,
ZP
eh pá! e não que fizeste-me recordar que uma das seis disciplinas a que chumbei no 3º ano foi a.... inglês?
pronto, pronto!! o que vale é que aqui e ali, tu e aqueles, vocês e todos os outros, fazem-me recuperar os mínimos para passar em regime de ensino para adultos nas triagem a que, em tempo próprio, deram-me por sistema ou birra (quiçá justiça, mas.... schiuuuu) sempre pulseira vermelha para levar para casa quando o pesadelo (mútuo) terminava.... :-(
:-))
(em resumo: não duvido uma milésima de que é a tua tradução que está correcta. é que... eu conheço-me e "eu sei muito bem o que mal sei, mais aquilo de que nada sei" :-(
Carlos,
Confesso-te que fui antes pela matemática,e depois, para reforçar, fui ao dicionário inglês-português. È que sou um zero À esquerda em inglês, mas adoro números e estatísticas... rsrsrsrsr
Um abraço.
ZP
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