.
Lembrou-me o Jaime do ForEverPemba que faz um mês que surgiu a história do plágio da capa do livro "Lied para Yonnis-Fred e Maelle", de Rafael da Conceição, editado pela gráfica da UEM. O tal plágio feito dentro da própria gráfica, pois teria sido também editado o livro que usurpou a arte da capa em questão na mesma editora. Mas pelas perguntas que o Jaime deixa no seu post, no ForEverPemba, parece que também haverá uma outra editora, esta sul-africana, envolvida na edição do livro usuário de capas alheias.
Isto de não sabermos a verdade, clara, sem rodeios, nos faz viajar em todas as possibilidades, até possivelmente em coisas piores das que a própria vergonha de se conviver com o plágio sem se dizer uma palavra.
Fico de queixo caído como não consegui ver nada na imprensa moçambicana sobre este caso. Talvez também ache a imprensa que seja este um caso sem importância, que nem "mortes" causou. Talvez só a morte de jornalistas seja um facto jornalístico, ou a explosão de um paiol. Os conceitos respeitáveis e a falta deles nem se deve discutir, não são importantes. Questões éticas não devem ser motivos de preocupação. As mortes, estas sim, só estas, pois afinal estas roubam espaços urbanos para sepultar os cadáveres. O resto, parece que já nasce morto, dentro das instituições do estado e de quem teria força para questionar essas instituições. Como se por trás de mortes de facto não houvessem antes desvios de moral e de ética.
O Rafael que não se rale com a arte da sua capa, e quando escrever o próximo livro que faça um trabalho de pesquisa, talvez na própria UEM ou na internet, e use a idéia de um terceiro. Não gaste a sua criatividade à toa. É pura perda de tempo. Só vá com um certo cuidado. Não vá plagiar um plágio. Não vá que o primeiro plagiador se sinta ofendido!
5 comentários:
Zé Paulo,
Excelente "reflexão" sobre o tema, mais ainda quando despertas a atenção para o silêncio que contagiou a imprensa de Moçambique no que toca ao plágio...É sintomático e revelador do quanto há que batalhar, suar e por vezes morrer, como no caso Carlos Cardoso, para que brote pelo espaço moçambicano uma imprensa livre, isenta e independente de determinadas elites que vegetam sugando benesses sempre grudadas ao poder...Mas o que te queria esclarecer e pelas informações que recebo é que me parece que näo foi a imprensa universitária que editou o livro. Foi uma editora Sul-Africana chamada Black Sheet.
A capa sim, é que foi feita pela imprensa universitária. E contrariando proibição frontal do Rafael da Conceição.
Grande abraço.
È impoortante o esclarecimento que o Rafael da Conceição deixa aqui no seu comentário."...é que me parece que näo foi a imprensa universitária que editou o livro. Foi uma editora Sul-Africana chamada Black Sheet.
A capa sim..."
Pois mostra que ele está interessado num verdadeiro e idôneo esclarecimento do que se passou.
Como já disse no Forever ;
" A justiça só interessa aos injustiçados, mesmo quando só indiretamente afetados como eu... um simples leitor e fã da cultura Moçambicana em todos os aspectos.
Se calar é consentir, o ministério da cultura moçambicana parece dessa forma ter escolhido o caminho do "lavar as mãos...". E porque assim o fará? Essa é a pergunta para quem procuro a resposta. Proteção de amizades? Tráfico de influências na Editora universitária?
Lamentável que o famoso "toma lá- dá cá" continue marcando a a política moçambicana.
Deixo aqui minha solidariedade para com o Rafael da Conceição, e a reafirmação do meu eterno "não-conformismo" para regras calcadas no abuso das mais básicas regras de respeito humano, social e político."
Antonio Maria G.Lemos
Eu sou um eterno homem recheado de esperança. Ainda acredito que se vá ver algo escrito na imprensa moçambicana sobre este triste caso. Ainda acredito que iremos ver por parte da UEM uma atitude mais séria em favor da ética e do bom exemplo.
Um abraço ao dois.
Parabéns, ZP!!
beijo grande, IO.
Olha, Zê Pê, mil parabéns atrasados. Dois dias. Foi da travessia e da procura da morada. Nesta altura do ano, há trânsito intenso. É só trenós e carros do género, em direcção ao Sul. Mas cá cheguei e aqui deixo o abraço forte e o desejo sincero de que os teus sonhos, especialmente o tal de que fala a IO no post-prenda sejam sempre verdade, ao longo dos anos. Cheers e mil beijijnhos.
Postar um comentário