tag:blogger.com,1999:blog-6634433728894388256.post5984184458559109138..comments2017-01-02T21:57:09.933-02:00Comments on Lanterna Acesa: Campanhas de Moçambique em 1895Zé Paulo Gouvêa Lemoshttp://www.blogger.com/profile/16687809631960254635noreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-6634433728894388256.post-57835231983696389182008-05-01T20:48:00.000-03:002008-05-01T20:48:00.000-03:00Zé Paulo,O meu nome ser Manuel ou Joaquim, seria u...Zé Paulo,<BR/><BR/>O meu nome ser Manuel ou Joaquim, seria um anónimo na mesma. <BR/>Como tal prefiro identificar-me dentro do contexto:<BR/><BR/>Em África, fui, há muitos anos, denominado de "colono, colonialista, imperialista"; durante 5 anos, fui" portuga" em São Paulo, Rio, Minas e Salvador; Numa aldeia beirã de onde saí com 18 anos, passei a ser denominado de "retornado, emigrante"; no Funchal fui alcunhado de" Cubano", finalmente em África novamente, durante uma dezena de anos, fui chamado de cooperante.<BR/><BR/>Neste momento chego a ser alcunhado de "saudosista dos impérios"<BR/><BR/>Como existem milhares identificados comigo, é melhor considerar-me um "anónimo com assento agudo".<BR/><BR/>Sobre um forum, dificilmente eu tomaria parte, pois imediatamente aparecia gente, de portugal principalmente, que de África conheceu os 24 meses de guerra, que eu tambem fiz, e isso era muito curto.<BR/><BR/>Sobre revolucionários, intelectuais, poetas etc., de África em geral, dão-se muito bem com as respectivas familias, na linha de Cascais e outras cidades do sul da Europa, e agora já usam muito o Rio e o Nordeste Brasileiro.<BR/><BR/>Sobre os governantes africanos, são mais estranhos aos "seus povos", devido ao pouco tempo que permanecem em África, do que era o ex-governador colonial Rebelo de Sousa para os Moçambicanos.<BR/><BR/>Sobre a inevitabilidade das independências, naquele momento, anos 60, e 70, com o mundo dito civilizado apoiando e armando até aos dentes, fascinoras tipo Mobutu, Bokassa, o caso de Angola, o mundo inteiro, inclusive Portugal, enviando armas para três exercitos, MPLA, UNITA, FNLA...sobre essa inevitabilidade, só mesmo quem não assistiu ao antes, durante e depois, é que pode concordar.<BR/><BR/>Como vi ao vivo a FAO a OMS, a UNICEF, fazendo "turismo" em África, no meio das maiores misérias, com a maior tranquilidade, achando normal apoiar governantes do tipo que mencionei, aprovo em teoria a ONU, mas reprovo-a totalmente na prática dos seus funcionários.<BR/><BR/>Como de política não percebo nada, limito-me a comentar o que vi e que passou perto de mim.<BR/><BR/>Zé Paulo, enquanto for mencionando África e Brasil, continuarei a ser seu leitor<BR/><BR/>CumprimentosAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6634433728894388256.post-88873872489167426082008-04-30T23:31:00.000-03:002008-04-30T23:31:00.000-03:00Anônimo,Primeiro não posso deixar de manifestar o ...Anônimo,<BR/>Primeiro não posso deixar de manifestar o meu contentamento de ser tratado pelo meu nome. Fica a conversa mais próxima. Com toda a certeza seria tão agradável quanto poder tratá-lo também pelo seu próprio nome.<BR/>De qualquer forma, mais importante que isso são as idéias que respeitosamente aqui trocamos.<BR/>Ainda assim, o tema abriu um leque que melhor tratado ficaria em um fórum, mas fico muito lisonjeado pelo esforço que fez para registrar as suas ponderações, motivado pelo o que aqui me (nos) disse.<BR/>Sobre as independências em África, em especial na região subsariana, terem sido um novo formato de colonização (neo-colonialismo) apoiado, inclusive, pela ONU, não vejo bem assim.<BR/>As independências tinham um foco revolucionário que nas suas execuções foi totalmente distorcido, e por isso acabou entrando água nas metas estabelecidas por quem lutou pela liberdade, igualdade e independência dos povos. E veja bem, por exemplo, que essa luta no caso de Moçambique não foram só dos envolvidos na luta armada via Frelimo e outras frentes, e sim, também, de grandes homens, fossem poetas, fossem jornalistas, fossem fotógrafos, fossem anônimos para muitos. <BR/>É evidente que a letargia das ditaduras colonizadoras e o que elas plantaram (ou principalmente deixaram de plantar e/ou podaram de evolução), acabou por ajudar em muito que precipitações de estruturas imaturas nas administrações de tenras nações se perdessem e invertessem os velhos erros da outra senhora por outros erros, e onde a corrupção acaba entrando como uma das maiores feridas, ferida esta comum em qualquer região sub-desenvolvida e administrativamente desestruturada. <BR/>Claro, que tenho que admitir (a ONU está inserida neste contexto) quando das independências destes países, em especial para nós os nossos lusófonos, estavam envolvidos em vaidades das Guerras Frias cheias de sangue quente nas veias dos governantes do planeta, em especial das grandes potencias de então, e os seu bonecos de chumbo. <BR/>Ou seja, entre os erros do passado e os que vieram depois, não queria nem uns nem outros, mas as independências não tinham mais como esperar e agora, há que trabalhar para cada vez mais se perceber melhoras contínuas para Moçambique e as restantes ex além mar.<BR/><BR/>Cumprimentos,<BR/><BR/>Zé PauloZé Paulo Gouvêa Lemoshttps://www.blogger.com/profile/16687809631960254635noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6634433728894388256.post-7170865612606799912008-04-30T11:38:00.000-03:002008-04-30T11:38:00.000-03:00Zé Paulo tem razão quando fala no nacionalismo de ...Zé Paulo tem razão quando fala no nacionalismo de Gungunhana: Se há alguem em África com legitimidade à sua nação (terra onde se nasce), são as velhas tribos africanas.<BR/><BR/>Tambem tem razão que qualquer Mouzinho, armado ou desarmado, ou qualquer um seu descendente, não passa de um elemento colonizador.<BR/><BR/>E qualquer imposição feita por europeus, tal como impor as fronteiras e uma lingua, não passa de um acto colonial.<BR/><BR/>Mas, Zé Paulo, só porque sei que você saiu de Moçambique, e penso que mal ou bem sabe que a guerra durou quase 20 anos, com armas do mais moderno, e que ainda recentemente explodiram paois militares, e quantos haverá para "explodir", mas como dizia, Moçambique podia ser a sua "nação", é que lhe quero dizer a minha convicção, que as independências em geral da África Subsariana, não passaram de um acto colonial, das grandes potencias e da ONU em geral, e que estas independências (neocolonialismo), tiveram e estão tendo efeitos tão nefastos para os africanos, que se podem equiparar, se não superar às escravaturas para as Américas.<BR/><BR/>Foram crimes cometidos em África de tal ordem, com estas falsas independências, que foram a "cereja em cima do bolo".<BR/><BR/>Só faço todo este esforço para alinhavar tantas linhas, porque se trata de àfrica lusófona e de alguem que saiu de lá.<BR/><BR/>Os meus cumprimentosAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6634433728894388256.post-64697528609476979662008-04-29T21:58:00.000-03:002008-04-29T21:58:00.000-03:00Sim, felizmente não é absoluta verdade a afirmação...Sim, felizmente não é absoluta verdade a afirmação que existe assim tão pouca informação sobre a colonização portuguesa. Até aqui no Brasil se consegue alguma coisa interessante nas bibliotecas e sebos. <BR/><BR/>O que temos neste caso na definição de tribo? Uma estrutura social não ocidental? Que ainda assim ocupa espaços e se sentiu invadido como nação, mesmo que o ocidente os classificasse como tribos (e continue classificando)? <BR/>Aceitando-se o conceito ocidental de tribo como organização social, envolvendo etnias, organizadas militarmente, religiosamente e com as suas estruturas políticas, não fogem, dentro das suas próprias características culturais, de uma organização como uma nação na espinha dorsal nos moldes ocidentais. Por isso não creio que nos tempos das Campanhas em Moçambique de 1895 não houvesse um espírito nacionalista dos que aqui o senhor classifica de revoltosos. <BR/>“Desqualificar” movimentos, como os liderados por Gungunhana, colocando-os como simples revoltas sem sentimentos nacionalistas, é o mesmo que dizer que António Enes, Mouzinho de Albuquerque, e outros, não fizeram parte da história da colonização portuguesa em África. a mando do Reinado português, e sim andaram por lá de férias.<BR/>Obrigado pela visita e pelo proveitoso bate papo.<BR/>Receba também os meus cumprimentos,<BR/>Zé PauloZé Paulo Gouvêa Lemoshttps://www.blogger.com/profile/16687809631960254635noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6634433728894388256.post-16535916547311924792008-04-29T18:24:00.000-03:002008-04-29T18:24:00.000-03:00É frequente ouvir e ler que há pouca coisa escrita...É frequente ouvir e ler que há pouca coisa escrita sobre a colonização portuguesa.<BR/><BR/>Quem passou a sua vida por alguma das colonias, sabe que existiam em todos os serviços públicos resmas e resmas de arquivos antiquissimos.<BR/><BR/>E quem viveu naquelas terras, tambem sabe que a "guerra do ultramar", (1961-1974), foi a única guerra com sentido nacionalista, influenciada internacionalmente, inclusive pela ONU, porque todas as outras guerras, que eram frequentes em todas as colónias, não passaram de revoltas tribais.<BR/><BR/>Todas essas revoltas estão registadas e todos os protagonistas dum lado e do outro são sobejamente conhecidos.<BR/><BR/>Não podemos confundir nacionalismos com tribalismos, porque infelizmente este está sempre latente.<BR/><BR/>CumprimentosAnonymousnoreply@blogger.com